Penálti de Cristiano Ronaldo resgatou campeões do abismo

Juventus chegou a anular a desvantagem da primeira mão no Bernabéu. Bayern Munique empatou com o Sevilha e também está nas meias-finais.

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O penálti de Ronaldo apurou o Real Madrid Reuters/PAUL HANNA
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E motivou muitos festejos Reuters/PAUL HANNA
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Bayern Munique também está qualificado para as meias-finais Reuters/MICHAEL DALDER

Um golo de Cristiano Ronaldo, o 15.º nesta edição da Champions, de penálti, aos 90+7’, ditou a eliminação da Juventus nos quartos-de-final da Liga dos Campeões (1-3). Os “bianconeri” mergulharam Madrid num mar de nervos e desespero e, durante largos minutos, fizeram pairar no Santiago Bernabéu a perspectiva do prolongamento.

Com o Bayern de Munique-Sevilha em branco — a estragar o recorde de Jupp Heynckes, que assegurou a passagem às meias-finais mas falhou a 13.ª vitória consecutiva —, a Europa virou-se para Madrid e viveu um jogo intenso de princípio a fim, com a Juventus a ameaçar o campeão em título depois de ter anulado os três golos de vantagem conquistada pelos espanhóis em Turim.

Inspirados pela notável qualificação da Roma frente ao Barcelona, os jogadores da Juventus, sob a batuta de Pjanic, devolveram de imediato a “gentileza” e marcaram, por Mandzukic, com pouco mais de um minuto de jogo decorrido, encetando a recuperação que muitos julgavam impossível.

Os italianos, mesmo sem Dybala (suspenso), exploraram bem a brecha deixada por Sergio Ramos, substituído no eixo da defesa por Vallejo, e provocaram o caos na defesa madridista, comandada por Varane.

A equipa de Zidane, que ainda tentou ripostar com o calcanhar de Bale, antes do eclipse total do galês, procurava Cristiano Ronaldo incessantemente, mas o português era travado em faltas sucessivas sem que o árbitro descortinasse motivos para punir a dureza de Benatia e Lichtsteiner, chamado a render De Sciglio aos 17 minutos. Com Modric fortemente controlado por Matuidi, a Juventus continuava a dar liberdade a Isco, risco calculado e assumido pelo técnico Massimiliano Allegri.

A noite que prometia mais uma catadupa de recordes, com Ronaldo a cumprir o 150.º jogo na Champions, resumia-se a um remate à barra, de Varane. Zidane viu-se forçado a abanar a equipa, tirando Casemiro (falhou no primeiro golo) e Bale, para apostar em Asensio e Lucas Vázquez, já depois de Mandzukic ter bisado de cabeça (37’).

Na prática, pouco mudou e Ronaldo foi definhando à medida que o tempo se esgotava. Todos os cuidados eram poucos mas a Juventus beneficiou de um erro crasso do guarda-redes do Real Madrid, aproveitado por Matuidi (61’), para ficar a um pequeno passo de conseguir novo escândalo, depois da queda do Barcelona em Roma.

O árbitro acabaria por assumir protagonismo ao assinalar uma grande penalidade por carga de Benatia sobre Lucas Vázquez, a 30 segundos do prolongamento. Um penálti que reclamava a intervenção de Ronaldo. Mas o duelo com Buffon foi frustrado pela expulsão do guarda-redes, um pouco a exemplo do que sucedeu com Zidane na despedida dos grandes palcos. A lenda italiana deverá ter encerrado a carreira nas competições europeias da forma mais dolorosa, deixando caminho aberto a Ronaldo para encerrar a questão. O português não falhou e, apesar do sentimento de dever cumprido com a oitava presença consecutiva em meias-finais da Champions, o Real levou uma lição para o futuro.

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