Ministro da Defesa diz que "é dever de cidadania ter orgulho" nos militares portugueses

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LUSA/António José

 O ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, considerou neste sábado que "é quase um dever de cidadania ter orgulho" nos militares portugueses que partem em maio para o Afeganistão, para integrar uma missão da NATO.

"Começando, primeiro pelo orgulho, é quase um dever de cidadania que tenhamos orgulho nestes homens e nestas mulheres porque eles representam Portugal, representam Portugal no exterior e representam Portugal no exterior em missões e teatros de operações que são muito exigentes", afirmou o ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes.

O governante falava em Castelo Branco, onde presidiu à cerimónia de entrega do estandarte nacional à Força Nacional destacada (FND) que em maio parte para o Afeganistão, para integrar a missão da NATO, com a função de garantir a proteção do aeroporto internacional de Cabul.

"Este é mais um teatro de operações exigente. E, passando agora à questão de avaliação do risco, naturalmente que isso foi tomado em consideração. É uma missão difícil pela própria circunstância do espaço geopolítico e do país de que estamos a falar que é o Afeganistão, mas também se procurou que, na medida do possível, a natureza da força fosse adaptada ao risco que nós considerávamos aceitável", disse.

Azeredo Lopes explicou que foi feita uma análise das circunstâncias e das ações violentas que ocorreram nos últimos tempos no teatro de operações que espera os militares portugueses para este tipo de missão.

"Isso deixou-nos relativamente confortáveis quer, evidentemente, quanto à exigência que se mantém da operação, quer quanto à capacidade destes militares desempenharem com valor e brio esta missão, quer, finalmente e não é menos importante isso, definir os padrões de risco que são aceitáveis para nós", frisou.

Durante a cerimónia a que presidiu, o ministro disse não ter imaginação bastante para compreender profundamente o significado que deve ter para um militar o estandarte nacional.

"Não tenho também eloquência que me torne capaz de dizer da importância que tem e a honra que é para mim, presidir à cerimónia da sua entrega. E deste estandarte a estes militares, muito em particular", frisou.

O governante sublinhou que o estandarte nacional entregue aos militares que partem em maio para o Afeganistão, atesta o compromisso de Portugal com a NATO, "sempre reafirmado por este Governo e peça essencial na segurança colectiva e na defesa da Europa".

"Este estandarte a estes militares, assinala o início de uma missão que está em coerência com a política externa do nosso país", concluiu.

Já o chefe do Estado Maior do Exército (CEME), general Rovisco Duarte, realçou que o ramo deve ter qualidade e estar ao serviço de Portugal e dos portugueses.

"Hoje é irrefutável que a segurança dos povos, não se confina, apenas, às suas fronteiras tradicionais, mas sim a fronteiras alargadas, em quadros cooperativos e de solidariedade internacional", disse.

O CEME explicou ainda que a segurança cooperativa é um conceito definitivamente assumido por todas as nações, como plataforma essencial para a prevenção, contenção e erradicação de conflitos.

"Damos hoje continuidade, com esta nova força expedicionária, a um processo iniciado há mais de duas décadas, momento a partir do qual, Portugal passou a disponibilizar contributos militares mais efectivos para a segurança e a paz no mundo, sob a égide das organizações internacionais de que é membro", frisou.

Disse ainda que passados alguns anos, os militares portugueses voltam ao teatro de operações do Afeganistão, onde o exército, no período de 2002 a 2014, deu um contributo significativo para a segurança do povo afegão, um esforço onde estiveram envolvidos cerca de dois mil militares.

A Força Nacional Destacada (FND) é constituída por 146 militares do Exército e parte no dia 7 de maio para o Afeganistão. Para integrar uma missão da NATO, com a função de garantir a protecção do aeroporto internacional de Cabul.

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