Liga dos Bombeiros diz que existe "fumo branco" nas negociações com Governo

Liga reunião de urgência para avaliar negociações com o Executivo.

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Marta Soares LUSA/Carlos Barroso

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Marta Soares, afirmou na sexta-feira que "existe fumo branco" e que as negociações com o Governo sobre o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) de 2018 estão "quase fechadas".

"Durante o dia começamos a receber os documentos que não tinham sido enviados pelo governo na data prevista. Conseguimos ter todos os documentos e conseguimos ver como estavam, existindo algumas discrepâncias com a discussão que já tinha sido efectuada", disse à Lusa Jaime Marta Soares.

A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) reuniu-se de urgência na sexta-feira para fazer um balanço das negociações com o Governo sobre o DECIF de 2018, que considerava estarem aquém do esperado.

Jaime Marta Soares explicou que, já na posse dos documentos, analisaram e responderam à secretaria de estado, referindo que se os documentos já discutidos com o governo não fossem aceites, não iriam continuar a negociar.

"Foi quase um dia de negociações, de análise e troca de documentos constante. Ainda existem pequenas reticências, mas encontraram-se boas vontades. Estou convencido que, com pequenos retoques, podemos dar por concluídas a directiva operacional, a directiva financeira, as 120 equipas de Intervenção Permanente (EIP) e a revisão do Sistema de Gestão de Operações (SGO)", frisou.

A directiva operacional nacional estabelece os meios que integram o DECIF, a directiva financeira é o documento que fixa o pagamento aos bombeiros voluntários, enquanto a revisão do SGO define as funções, responsabilidades e níveis de decisão, tendo por base as novas necessidades manifestadas nos incêndios de 2017 de estruturar modelos organizativos, capazes de garantir o comando e controlo das operações.

O presidente da Liga salientou que "existe fumo branco" e que as negociações estão "praticamente fechadas" entre as partes.

"Foi um dia duro de negociações. Houve equilíbrio e sensatez na discussão, percebendo que as nossas propostas são importantes para garantir uma melhoria da resposta. O Governo sabe que sem o nosso apoio e capacidade operacional não pode atingir o fim a que se propõe", frisou.

Marta Soares, em declarações ao PÚBLICO também na sexta-feira, antes da reunião da liga, manifestava-se preocupado com os atrasos na divulgação de documentos por parte do Ministério da Administração Interna.

 

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