Luis González, o “artista canibal”, matava e comia pessoas — e fazia pinturas com o sangue

As autoridades chamam-lhe “artista antropófago”. Luis Alfredo González Hernández confessou pelo menos um dos crimes, justificando que foi contratado pela vítima para um estranho “serviço funerário”.

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Uma fotografia do detido, partilhada pelo director do Corpo de Investigações Científicas Penais e Criminalísticas da Venezuela DR

O venezuelano Luis Alfredo González está a ser apelidado de “artista canibal”: o homem foi preso nesta quinta-feira por ter matado e comido pessoas, utilizando ainda o sangue e as cinzas de uma das suas vítimas (o proprietário de uma quinta, que estava desaparecido há dias) para fazer uma pintura. Segundo o diário venezuelano El Universal, pensa-se que o detido tenha sido responsável por 40 homicídios.

González foi preso na cidade venezuelana de Barlovento, a cerca de uma hora de Caracas, e admitiu o crime do proprietário da quinta assim que foi detido e interrogado pela polícia. Não se sabe se o venezuelano confessou ter matado outras pessoas nem se terá algum tipo de doença do foro mental.

O “artista canibal” confirmou que tinha desmembrado e comido grande parte da vítima, o proprietário, dentro da sua quinta — mas só porque o homem o tinha “contratado” para um estranho “serviço funerário”, que consistia precisamente em “matá-lo, comer parte dele e fazer pinturas sobre tela com o seu sangue e cinzas”, explicou o director do Corpo de Investigações Científicas Penais e Criminalísticas (CICPC) venezuelano, Douglas Rico.

Na quinta onde González foi apanhado, foram encontrados outros restos mortais e documentos de pessoas que não tinham qualquer ligação aparente à quinta ou ao seu proprietário – também foram encontradas outras pinturas do género, como se pode ver na publicação do Instagram de Rico.

O director do CICPC informou, segundo o El País, que há uma investigação em curso para averiguar se as identidades dos corpos encontrados coincidem com as identidades de cidadãos desaparecidos na Venezuela. A polícia forense referiu ainda que serão feitas análises às pinturas encontradas.

Em 1999, houve um caso semelhante, muito mediatizado na Venezuela, mas sem pinturas: o assassino em série Dorángel Vargas – apelidado de “o come-gente” – matou e comeu pelo menos dez homens, no estado de Táchira, que faz fronteira com a Colômbia.

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