Turismo sustentável na Amazónia (com direito a jaguares)

A primeira Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Brasil fica em Mamirauá — e está a apostar no ecoturismo.

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Mamirauá. É aqui, a cerca de 600 quilómetros a oeste de Manaus, na região do curso médio do rio Solimões, que se encontra a primeira Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Brasil (criada por decreto do Governo do Amazonas, em 1996), a maior reserva florestal do país dedicada à protecção da várzea amazónica, à conservação da biodiversidade e ao desenvolvimento sustentável numa unidade habitada — também por populações humanas.

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Este modelo de área protegida para uso sustentado está ligado à permanência e participação da população local, bem como à formação científica para conservação da biodiversidade da região. A exploração racional dos recursos naturais leva a que a reserva fomente o turismo de observação das "onças-pintadas", espécie ameaçada por caçadores, agricultores e pelas chuvas tropicais que entre Abril e Julho inundam a floresta densa e "forçam" os jaguares a ocupar o topo das árvores.

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O objectivo, justifica Emiliano Ramalho, passa por "reduzir o número de animais caçados na região, por meio do estímulo ao ecoturismo de avistamento de onças-pintadas". "Isso pode gerar benefícios económicos e sociais para as comunidades locais e fazer com que estes benefícios possam contribuir para que moradores tenham uma interacção mais harmoniosa com a onça-pintada, deixando de a caçar e colaborando com a pesquisa e a conservação."

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Resultado? Mais conhecimento científico, mais dinheiro para as comunidades locais — a reserva abrange uma área de 1.124.000 hectares, que passa pelos municípios de Uarini, Fonte Boa e Maraã —, mais jovens interessados na conservação desta e de outras espécies e menos jaguares mortos.

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"Mesmo sendo um animal grande, a onça-pintada suporta a inundação, alimentando e criando os seus filhotes nas copas das árvores durante três ou quatro meses", explica à Reuters Emiliano, director do grupo de investigação do Projeto Lauarete, que monitoriza a espécie em Mamirauá, estudando o seu relacionamento com a população — mais de 10 mil pessoas vivem na reserva. "Esta pesquisa nunca antes tinha sido feita", sublinha.

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Os animais, difíceis de identificar entre a densa vegetação, são fotografados e filmados, capturados e identificados.

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Na reserva, o Projeto Lauarete associou-se ao Uakari Lodge, unidade gerida por uma associação de moradores, para oferecer viagens de ecoturismo que aproveitam os rastreadores para permitir que os turistas tenham um vislumbre dos animais. Uma expedição para ver jaguares nas árvores pode custar 10 mil reais (cerca de 2400 euros) por pessoa.

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