No Paquistão também há quem adore a sua Vespa

Também no Paquistão há quem tente preservar as Vespas resistentes. "Foi o segundo melhor presente que a Itália deu ao mundo. O primeiro foi a pizza."

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Há 14 anos, Farrukh Shahbaz herdou do pai a Vespa azul de 1961 — e só teve que a reparar três vezes. "O meu pai contou-me que veio embalada numa caixa de madeira", recorda Shahbaz, 50 anos, à porta de um dos poucos mecânicos que no Paquistão ainda dão conta do recado. Enquanto as baratas motas chinesas inundam as estradas paquistanesas, os fãs da marca Vespa lutam para encontrar peças sobressalentes e para preservar os modelos que remontam a uma época mais antiga. Em Karachi, o jornalista Nazeer Udding Siddiqui, 58 anos, posa para a foto da Reuters com seu modelo de 1979. "O meu pai era gerente da Khwaja Auto e eles eram os únicos distribuidores de Vespas. Pessoas que possuem Vespas são pessoas muito honradas que ainda mantêm essa tradição viva", observa Siddiqui. O veículo de duas rodas italiano da Piaggio foi também no Paquistão símbolo de status nos anos 1960 e 70, quando apenas um punhado de pessoas podia importar itens de luxo da Europa. Muitos donos de longo prazo acreditam que possuir uma Vespa no Paquistão é um trabalho de amor, com peças sobressalentes originais escassas e apenas um punhado de mecânicos suficientemente qualificados para restaurar as originais. Nagra lidera um clube de fãs. "Nunca nos decepciona. Foi o segundo melhor presente que a Itália deu ao mundo. O primeiro foi a pizza."