Brillante Mendoza e a guerra contra a droga filipina no Netflix

O realizador de Lola, Kinatay ou Mãe Rosa está atrás das câmaras de Amo, minissérie de 13 episódios sobre pessoas normais apanhadas nas malhas do tráfico de droga nas Filipinas. Foi comprada pelo gigante do streaming. A data de estreia é 9 de Abril.

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Amo é a primeira série original filipina do serviço de streaming Clemens Bilan/Getty Images

A luta contra as drogas levada a cabo por Rodrigo Duterte, o controverso presidente das Filipinas, é o foco de mais uma história de Brillante Mendoza, nome maior do cinema filipino, certamente o realizador contemporâneo do país que tem mais projecção internacional. Ao contrário de Kinatay, que lhe valeu o prémio de Melhor Realizador em Cannes em 2009, ou Mãe Rosa, que consagrou Jaclyn Jose como Melhor Actriz no mesmo festival em 2016, Amo é uma minissérie televisiva de 13 episódios. Também foi mostrada em Cannes, na edição do ano passado, uma das poucas séries que por lá passaram, e era para ter passado na TV5, canal de televisão local que a produziu, em Agosto, mas foi comprada pelo Netflix e vai tornar-se, a 9 de Abril, a primeira série original filipina do serviço de streaming.

Cada episódio de Amo foi realizado por Mendoza, enquanto a escrita esteve a cargo de Troy Espiritu, o argumentista de Mãe Rosa, que também versa sobre os mesmos temas. A série centra-se em Joseph (Vince Rillon), estudante de liceu que vende metanfetaminas para ganhar uns trocos e acaba por se enterrar cada vez mais profundamente no mundo dos perigosos e poderosos traficantes e da corrupção tanto policial quanto política. Do outro lado, Derek Ramsay, uma estrela de televisão e do cinema locais, faz de Rodrigo, um polícia que persegue traficantes como chefe de uma unidade de agentes à paisana. A ideia é focar as vidas das pessoas que estão de alguma forma envolvidas no tráfico de droga.

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