O assassino chinês que usava o método de “Jack, O Estripador” foi condenado à morte

Gao Chengyong, de 54 anos, assassinou 11 mulheres entre 1988 e 2002. Conseguiu escapar às autoridades durante quase três décadas.

Foto
Homem ouviu esta sexta-feira a sentença Reuters/CHINA STRINGER NETWORK

O homem conhecido como “o estripador” chinês foi condenado à morte, nesta sexta-feira, pela violação e o homicídio de 11 mulheres num período de 14 anos, noticia a televisão estatal chinesa. Gao Chengyong, de 54 anos, foi julgado por múltiplos crimes de homicídio, roubo, violação e mutilação de cadáveres. A sua vítima mais nova tinha apenas oito anos de idade.

Gao confessou em tribunal ter assassinado 11 mulheres, entre 1988 e 2002, em Baiyin, na província chinesa de Gansu. Só foi detido 28 anos após os homicídios terem começado. Nove das 11 mortes ocorreram na loja de mercearia que mantinha com a mulher em Baiyin.

As autoridades chinesas conseguiram localizar o autor dos crimes em 2016, depois de um tio seu ter sido condenado a prisão domiciliária. Uma amostra de ADN revelou que existia uma ligação de parentesco entre dois suspeitos — um dos quais, viria a descobrir-se, era Gao. O seu ADN correspondia ao encontrado num local do crime. Foi detido e, nestes dois anos, aguardou a sentença que chegou esta sexta-feira. Os órgãos de comunicação chineses dizem que Gao não irá recorrer da decisão judicial.

A alcunha de “Jack, o estripador” surge devido à forma como executava os seus crimes. Os alvos eram mulheres jovens. Gao seguia-as até casa, onde as violava e depois matava, mutilando os seus corpos, explica a BBC em 2016 após a sua detenção. As mutilações levaram a que a imprensa chinesa se referisse ao indivíduo como “Jack, o Estripador”, fazendo referência ao conhecido assassino inglês — cuja identidade nunca chegou a ser desvendada.

Em Dezembro de 2004, as autoridades de Baiyin — cidade onde ocorreram a maioria dos crimes — ofereceram uma recompensa de 200 mil yuan (aproximadamente 26 mil euros) a quem possuísse qualquer informação relevante sobre o caso. As mulheres tinham receio de sair à rua e, durante anos, a solução para os crimes crimes parecia inatingível. 

Sugerir correcção
Comentar