O curso mais popular de sempre em Yale é sobre a felicidade (e está online)

Os trabalhos de casa da cadeira incluem mostrar gratidão ou fazer boas acções.

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Campus da Universidade de Yale, no estado norte-americano do Connecticut Reuters/Shannon Stapleton

Mais de 1200 estudantes entupiram as inscrições para uma cadeira sobre felicidade oferecida neste ano lectivo pela Universidade de Yale, nos EUA. “Psicologia e a Boa Vida”, leccionada duas vezes por semana pela professora Laurie Santos, é a aula mais popular da história de Yale, universidade fundada em 1701. De acordo com a Reuters, um em cada quatro alunos da instituição estão inscritos na cadeira.

“Os estudantes estão mais deprimidos do que nunca, cada vez mais ansiosos”, diz Santos, responsável pela disciplina. O objectivo é aprender o que diz a Psicologia sobre a felicidade, o que torna as pessoas felizes e que estratégias podem ser postas em pratica no dia-a-dia para aumentar o sentimento de bem-estar.

A primeira metade do curso desconstrói mitos sobre a felicidade e deixa a descoberto padrões mentais que nos fazem pensar da forma como pensamos. A segunda parte da cadeira foca-se sobretudo em actividades que aumentam a felicidade e em estratégias para construir hábitos mais saudáveis.

“Trabalhamos muito para ter um bom salário e para ter uma casa grande”, disse Santos à Reuters. “Mas estas coisas não nos fazem felizes.” A professora explica que os sentimentos de felicidade são alcançados através da socialização, exercício, meditação e horas bem dormidas: “As pessoas felizes passam tempo com outras e dão prioridade ao tempo com amigos e família”, conclui.

Os trabalhos de casa da cadeira incluem mostrar gratidão ou fazer boas acções.

O curso é tão popular que a professora o disponibilizou na plataforma Coursera. Os materiais estão disponíveis de forma gratuita, mas se os utilizadores quiserem ter um diploma terão de pagar 49 dólares (cerca de 39 euros).

Os alunos de Yale dizem que resulta. “O que era mais importante para nós eram as notas, o nosso futuro emprego, o salário que íamos ganhar depois de nos formarmos”, diz Rebekah Siliezar, finalista que fez a cadeira. “Agora tento focar-me no momento presente e nas pessoas que me rodeiam”.

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