Comissão de Ambiente aprova novas audições sobre poluição no Tejo

Agência Portuguesa do Ambiente, Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, Quercus e autarca de Nisa serão ouvidos no Parlamento

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Como ficou o Tejo em Janeiro LUSA/PAULO CUNHA

A comissão parlamentar de Ambiente aprovou esta quarta-feira a audição de entidades, de ambientalistas e da presidente da Câmara de Nisa acerca do acompanhamento e da avaliação da acção de limpeza do rio Tejo, após a poluição detectada em Janeiro.

O requerimento, apresentado pelo PSD, pretende ouvir a APA - Agência Portuguesa do Ambiente, o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) - Área Protegida do Monumento Natural Portas de Ródão, o presidente da associação ambientalista Quercus e a presidente da Câmara Municipal de Nisa, Idalina Trindade.

Em 24 de Janeiro foram detectados fenómenos de poluição no rio Tejo, junto à queda de água do açude insuflável de Abrantes, no distrito de Santarém.

Um manto de espuma branca, com cerca de meio metro, cobriu o rio Tejo nesta zona, levando à recolha de amostras que confirmaram a presença de elementos de celulose elevados.

No dia 31 de Janeiro, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Nuno Lacasta, revelou que a carga poluente que afectou o rio Tejo na zona de Abrantes, teve origem nas descargas da indústria da pasta de papel.

Uma das medidas definidas pelo Governo após se tornar visível este grande foco de poluição foram restrições à fábrica de celulose Celtejo.

O foco de poluição exige a remoção de 30 mil metros cúbicos de sedimentos no rio Tejo, num processo que está a decorrer e que terá um custo entre 1 milhão e 1,2 milhões de euros, avançou o ministro do Ambiente.

Em Fevereiro, na comissão de Ambiente, foram ouvidos, além do ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, os presidentes das câmaras de Abrantes, Mação e Vila Velha de Ródão, concelhos também banhados pelo Tejo.

Os autarcas pediram para que se identificassem as causas efectivas da poluição do Tejo, lembrando que já vinham alertando para a situação desde 2015.

 

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