Uma Marquise a agir contra a violência doméstica. Ajudas?

Podes sair da Casa da Esquina, em Coimbra, com o teu kit de luta e sensibilização. Carolina Maria pede-te para levares a exposição, patente até 30 de Maio, para a rua

Foto
DR

Marquise é uma varanda protegida. Mas a da Casa da Esquina, em Coimbra, já não precisa da protecção de tectos e paredes. Quer riscá-los. E quer agir. Agir Contra a violência doméstica, usando como desarme as ilustrações de Carolina Maria.

No terceiro ano do projecto Marquise, a divisão volta a fazer-se casa e apresenta uma exposição que dá uma nova vida aos trabalhos apresentados em 2016, aquando da tese de mestrado em Desenho, na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. A artista voltou a explorar a “casa disfuncional”, que já tinha morada num site onde se apela ao download e impressão dos cartazes, autocolantes, postais ou panfletos com mensagens de denúncia do crime. “O objectivo é que qualquer pessoa tenha uma ferramenta para agir contra”, conta ao P3, por telefone.

Foi essa ideia de participação activa e envolvência da comunidade que a ilustradora quis levar para a exposição. Para isso, construiu-a “à volta da cópia”: em vez de imprimir um cartaz estanque, Carolina Maria imprimiu um bloco de cem. Cada visitante é incitado a levar um para fora da casa e a expô-lo em espaços públicos. Por lá fica o picotado como prova da participação.

Foto

“Normalmente este tema é apresentado de forma muito literal, com recurso a dados. Eu optei antes por ilustrar as consequências do espaço doméstico como lugar de violência”, explica a arquitecta e ilustradora de Viseu, a morar em Lisboa. O conjunto de ilustrações desenquadra a ideia de “protecção e conforto” e mostra a casa enquanto lugar “caótico e desumano”.

Foto

A exposição Agir Conta está patente até 30 de Maio na Casa da Esquina e foi desenvolvida numa residência artística que tinha como tema “As Casas”, o mesmo da Semana Cultural da Universidade de Coimbra.

Foto
Foto
Sugerir correcção
Comentar