Como atrair jovens para as Forças Armadas?

Na Assembleia da República, o ministro da Defesa defendeu novas estratégias para atrair jovens para as Forças Armadas

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Enric Vives-Rubio/PÚBLICO

O ministro da Defesa defendeu esta quarta-feira que a atracção de jovens para as Forças Armadas passa por dar garantias de "acesso ao mercado de trabalho no final dos contratos" e por uma estratégia para o recrutamento feminino.

Na Assembleia da República, numa conferência sobre "recrutamento militar" promovida pela comissão parlamentar de Defesa, Azeredo Lopes sublinhou que estão em curso estudos pela Direcção-Geral de Recursos de Defesa que ditarão medidas a adoptar.

"É também desse auto-questionamento que há-de resultar, seja uma maior eficácia das estratégias a adoptar com vista ao recrutamento e à retenção dos nossos jovens — hoje, em média, muito mais qualificados que há dez ou vinte anos —, seja uma maior justeza das garantias a dar de acesso ao mercado de trabalho no final dos contratos, seja até uma estratégia mais consolidada para o recrutamento no feminino", defendeu.

Os estudos em curso incidem "sobre a percepção dos jovens relativamente às Forças Armadas e dos militares relativamente à própria profissão", adiantou Azeredo Lopes, sustentando que virão "a revelar-se determinantes na concepção e aplicação de medidas concretas" sobre o recrutamento e retenção de militares.

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O ministro da Defesa, Azeredo Lopes Mário Cruz/Lusa

O ministro da Defesa expôs algumas das dificuldades de recrutar e reter militares, com "o problema demográfico e de envelhecimento da população" à cabeça, mas também a "tradição de alimentação da estrutura militar a partir das bases — por oposição, por exemplo, ao paradigma industrial, onde à contratação de jovens que iniciam a sua carreira se associa a contratação de especialistas experientes".

Uma estratégia de recrutamento passará necessariamente pela sensibilização e o esclarecimento "do que é hoje a missão e os desafios que se colocam à Defesa Nacional e às Forças Armadas".

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