Academia de Hollywood iliba o presidente de acusação de assédio

John Bailey, director de fotografia que chefia o órgão responsável pelos Óscares desde Agosto, foi acusado recentemente de conduta imprópria. Depois de uma investigação, a Academia ilibou o presidente.

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John Bailey é presidente da Academia desde Agosto REUTERS/DAVID MCNEW

A 13 de Março, a Academia de Artes e Ciências de Hollywood recebeu uma queixa contra o seu próprio presidente, o director de fotografia John Bailey, a acusá-lo de assédio sexual. Poucos meses antes, em Dezembro, após a explosão do escândalo Harvey Weinstein, foi criado um código de conduta da Academia, que estabelece que os membros podem ser objecto de medidas disciplinares por causa de actos de assédio sexual ou discriminação. Foi sob esse código que Weinstein foi expulso em tempo recorde. Segundo um comunicado desta terça-feira citado na íntegra pela revista Variety, o comité de adesão e administração "determinou unanimemente" que a investigação estava concluída e que não era preciso tomar medidas contra o presidente: "John Bailey continuará a ser presidente da Academia." As regras impedem a Academia de revelar dados sobre o processo.

O comunicado indica também que apesar de a Variety ter noticiado que havia três queixas contra Bailey, a Academia só recebeu uma. O incidente teria acontecido "há mais de uma década", segundo uma nota enviada pelo presidente ao seu pessoal na semana passada, citada pela revista norte-americana. Segundo a acusação, John Bailey teria tentado tocar nessa mulher indevidamente numa carrinha durante a rodagem de um filme. "Isso não aconteceu", escreveu o director de fotografia na mesma nota.

Bailey, que tem 75 anos e está no activo desde 1971, foi o director de fotografia de filmes como American Gigolo, de Paul Schrader, Os Amigos de Alex, de Lawrence Kasdan, ou Melhor É Impossível, de James L. Brooks, além de ter realizado filmes como China Moon.

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