Absentismo na administração central chega aos 7%

Dados disponíveis ainda não permitem saber os motivos das ausências.

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Fátima Fonseca, secretária de Estado da Administração Pública Rui Gaudêncio

O Governo estima que a taxa de absentismo na administração central deverá rondar os 7%, mas ainda não tem informação detalhada sobre os motivos que justificam as faltas e dos trabalhadores.

O número foi adiantado ao PÚBLICO pela secretária de Estado da Administração Pública, Fátima Fonseca, e é o resultado da relação entre os dias de trabalho efectivos (excluindo férias e feriados) e os dias de ausência.

“A informação é ainda muito global, mas permitiu-nos chegar a uma taxa de absentismo na ordem dos 7% na Administração Pública”, precisou.

Fátima Fonseca reconhece que há falta de informação que permita caracterizar o fenómeno. “Nos balanços sociais dos serviços, quando olhamos para a caracterização das ausências não conseguimos perceber quais são os motivos que as justificam”, exemplifica.

“Os dados são muito agregados. É uma lacuna que temos identificado do lado da Administração Pública e do Ministério do Trabalho e estamos a trabalhar em conjunto para ter um sistema de informação – que já está concursado e será adjudicado muito em breve -, para nos permitir, no final deste ano ou início do próximo, disponibilizar esses dados de forma mais detalhada”, acrescenta.

No Orçamento do Estado para 2018, o Governo comprometia-se a ter um retrato e um plano de combate às faltas pronto para ser aplicado logo no início do ano com o objectivo de poupar 60 milhões de euros. Essa meta será integrada no plano de acção para a saúde e segurança no trabalho.

“Muitos serviços de segurança e saúde no trabalho vão surgir este ano e metodologias de gestão de ausências vão já começar a ser implementadas”, prevê a secretária de Estado, sem precisar se a meta de 60 milhões de euros será alcançável em 2018.

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