Câmara quer que igreja de Telheiras seja construída noutro local

Fernando Medina vai tentar negociar com o Patriarcado uma troca de terrenos.

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Rui Gaudêncio

A câmara vai negociar com o Patriarcado de Lisboa para que a nova igreja de Telheiras não seja construída num terreno entre duas escolas que foi transformado em jardim há uns anos. A intenção da paróquia local tem sido muito contestada pela população e o presidente da câmara disse esta terça-feira que está sensível às críticas. Por isso, Fernando Medina vai propor ao Patriarcado a troca deste terreno por outro, onde possa ser construída a igreja pacificamente.

“Não interessa a ninguém, nem ao Patriarcado, nem à freguesia, nem à câmara, insistir numa solução que não tem o apoio da população”, afirmou o autarca na assembleia municipal, onde decorreu uma sessão de perguntas à câmara durante a qual o PSD levantou a questão. Fernando Medina mostrou-se “totalmente disponível para fazer uma permuta” e “encontrar uma solução que não neste terreno”. 
“Conhecendo o sentimento da população de Telheiras, é a posição que creio que melhor serve.

"Acho que a ninguém interessa o avanço de uma construção que tem uma natureza iminentemente social, colectiva, contra a vontade expressa de uma parte da população. Estamos muito disponíveis para trabalhar com a Igreja, procurar essa solução, e aliás tomaremos a iniciativa do contacto”, acrescentou o presidente da câmara.

Fernando Medina não garante, porém, que a igreja e respectivo centro social sejam construídos em Telheiras ou sequer na freguesia do Lumiar. “Faremos a nossa obrigação, que é procurarmos uma alternativa dentro do património que câmara dispõe dentro daquela freguesia e freguesias limítrofes”, explicou.

A construção de uma nova igreja, de um centro social e de capelas mortuárias naquele bairro lisboeta originou polémica entre um grupo significativo de moradores, que lançou uma petição e já organizou uma manifestação no local.

Obras na estação de Arroios podem atrasar-se

Na mesma reunião, o vereador da Mobilidade admitiu que a obra de alargamento da estação de metro de Arroios pode atrasar-se para lá de Janeiro de 2019. “Houve um concurso público, ganhou um empreiteiro, o empreiteiro teve problemas, o metro está a resolver os problemas. Nós neste momento temos a informação de que a obra já está a correr”, disse Miguel Gaspar em resposta a uma pergunta de Cláudia Madeira, de Os Verdes.

“Se me pergunta se é em Janeiro de 2019 [que a obra está concluída], eu duvido que seja, mas ainda não temos um planeamento do metro, é uma questão que estamos a acompanhar”, acrescentou o vereador da Mobilidade, que, no entanto, desdramatizou um possível atraso. “Infelizmente as obras do metro demoram sempre muito tempo, mas também ficam para uma vida. Que sejam [concluídas] o mais rápido possível, mas quando forem certamente ficam ao serviço da população”, disse

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