Hipóteses de encontrar velejador desaparecido com vida são “diminutas”

O inglês John Fisher caiu ao mar numa zona remota do Oceano Pacífico ao início da tarde de segunda-feira durante a sétima etapa da Volvo Ocean Race

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Fisher, de 47 anos, participa pela primeira vez na prova Ricardo Pinto

A direcção da regata da Volvo Ocean Race (VOR) emitiu na madrugada desta terça-feira um comunicado onde reconhece que as hipóteses de encontrar o velejador inglês John Fisher com vida são “diminutas”. O tripulante da SHK Scallywag, equipa do português António Fontes, encontra-se desaparecido desde as 14h42 de segunda-feira, após “um incidente de homem ao mar” ocorrido numa zona remota, a cerca de 2.250 km a Oeste do Cabo Horn, o ponto mais meridional da América do Sul. O veleiro da equipa de Hong Kong que participa na 13.ª edição da VOR já abandonou o local onde o britânico está desaparecido.

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A direcção da regata da Volvo Ocean Race (VOR) emitiu na madrugada desta terça-feira um comunicado onde reconhece que as hipóteses de encontrar o velejador inglês John Fisher com vida são “diminutas”. O tripulante da SHK Scallywag, equipa do português António Fontes, encontra-se desaparecido desde as 14h42 de segunda-feira, após “um incidente de homem ao mar” ocorrido numa zona remota, a cerca de 2.250 km a Oeste do Cabo Horn, o ponto mais meridional da América do Sul. O veleiro da equipa de Hong Kong que participa na 13.ª edição da VOR já abandonou o local onde o britânico está desaparecido.

Após cerca de 12 horas de “exaustivas” buscas, onde a tripulação da Scallywag “fez tudo o que era possível para recuperar” John Fisher, e com “o agravamento das condições meteorológicas e o cair da noite”, a “equipa tomou a difícil decisão de dirigir-se para terra, a 1.200 milhas náuticas de distância”. Numa curta nota, publicada ao início da manhã desta terça-feira, a Sun Hung Kai & Co, principal patrocinador da Scallywag, reconhece que esta é uma “tragédia” e adianta que “está a trabalhar com a Volvo Ocean Race para providenciar” à família do velejador britânico “todo o apoio possível”.

Da parte da organização da competição, Richard Brisius, CEO da VOR, emitiu um comunicado onde admite que “dada a temperatura da água fria e o estado extremo do mar, juntamente com o tempo que passou desde que ele caiu ao mar, devemos presumir que John foi perdido no mar”. “Todos nós na organização da Volvo Ocean Race enviamos as nossas sinceras condolências à família do John, dos seus amigos e dos seus companheiros de equipa e faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para apoiá-los neste momento tão difícil.”

O sueco, que no final do ano passado assumiu a liderança da mais difícil prova de circum-navegação por equipas em barcos à vela, refere que a tripulação da Scallywag “está, naturalmente, emocional e fisicamente exausta após o que acabaram de passar”, e garante que apesar de neste momento o “único objectivo” centrar-se em dar “todo o apoio e assistência possível à equipa”, ficam “muitas dúvidas” sobre como um dos velejadores “foi perdido no mar”. “Poderemos esclarecer isso mais tarde, quando a equipa nos passar toda a informação”, conclui Brisius.

Fisher, de 47 anos, que participa pela primeira vez na VOR, caiu ao mar numa localização remota do Oceano Pacífico, quando as condições meteorológicas eram muito adversas: vento de 35 nós (mais de 60km/h) e ondas de seis metros. Segundo a equipa, o velejador “usava o equipamento de sobrevivência quando caiu ao mar”, mas com a baixa temperatura da água no local (9 graus Celsius), as hipóteses de sobrevivência são muito reduzidas.