Quem és tu no mercado de trabalho digital?

Nova plataforma quer guiar-te até um “emprego do futuro”. A Future Jobs Finder, da Vodafone, pretende ajudar dez milhões de jovens a encontrar emprego até 2022

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Lyndsey Marie/Unsplash

quizzes online para descobrires qual a cidade onde serias mais feliz ou que personagem de La Casa del Papel és — e ambos podem ter a mesma resposta —, mas confiarias num para encontrares a tua “profissão no futuro digital”?

É nesse caminho que a plataforma Future Jobs Finder, criada pela Vodafone e disponível desde o início desta semana, quer guiar dez milhões de jovens até 2022.

Através dos resultados de uma série de testes de competências, preferências e aptidões, a ferramenta sugere a profissão digital que mais se adequa ao teu perfil e liga-te a ofertas de emprego ou formação na área (muitas delas online e gratuitas).

Os cinco questionários são rápidos, o tempo estimado de resposta é de 18 minutos, e debruçam-se sobre o raciocínio dedutivo, visual e espacial, a capacidade de memória ou de realizar múltiplas tarefas simultaneamente e os gostos pessoais. Após a conclusão dos testes, construídos com a ajuda de formadores, orientadores vocacionais e psicólogos, é também criada uma lista de “pontos fortes” e “principais competências” que podem ser usadas, por exemplo, para “responder a perguntas típicas em entrevistas de emprego" ou “completar currículos”.

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Vittorio Colao, director executivo da Vodafone, num encontro com jornalistas DR

O objectivo da plataforma não é “recrutar”, mas sim “servir de ponte” e “mostrar que existem várias oportunidades no mercado de trabalho” que, muitas vezes, os jovens não têm em consideração quando começam a trilhar as suas carreiras profissionais, explicou Vittorio Colao, director executivo da multinacional. “Queremos dar optimismo à juventude, incitá-los a pensar naquilo em que são bons e pô-los em contacto com oportunidades reais”, garante.

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A plataforma Future Jobs Finder foi apresentada a 20 de Março, em Bruxelas DR

40% dos jovens não se sentem preparados

A ideia é sustentada pelo estudo The State of iGen, apresentado juntamente com plataforma, em Bruxelas, onde 40% dos seis mil jovens de 15 países, entre os 18 e os 24 anos, confessaram não se sentir preparados para a economia digital, embora sejam nativos digitais.

Para Vittorio Colao isto deve-se à falta de ligação entre as competências que têm e as que “são exigidas pelo mercado de trabalho”, salientando que, apesar de se contabilizarem cerca de 70 milhões de jovens desempregados, há postos de trabalho que ficam por preencher devido à falta de candidatos qualificados. “Os jovens usam as tecnologias disponíveis, mas não percebem como podem transformar isso num trabalho”, afiançou o director executivo, em conversa com os jornalistas, após a apresentação do programa “What will you be?”, uma estratégia da multinacional para ajudar dez milhões de jovens a encontrar um emprego em áreas digitais até 2022.

Durante a formação escolar, apenas quase 15% dos jovens portugueses inquiridos no início de 2018 pela YouGov — a empresa de pesquisa de mercado comissionada pela Vodafone para realizar o estudo — acreditam ter recebido orientação vocacional que incluísse “empregos digitais, focados no futuro”.

Em Portugal, 68% dos 301 inquiridos sinalizam como maior desafio da sua geração encontrar um emprego permanente e bem pago. Ao mesmo tempo, quase metade do total dos jovens auscultados diz que a felicidade futura está dependente disso mesmo.

O P3 viajou para Bruxelas a convite da Vodafone

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