Afinal português ferido no ataque do Daesh está vivo

Governo confirmou a morte de cidadão português a meio da tarde, mas ao final do dia recuou com a declaração.

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LUSA/GUILLAUME HORCAJUELO

O cidadão português dado como morto pelo ataque terrorista desta sexta-feira em França, afinal, está vivo. O homem encontra-se, no entanto, internado em estado grave. A informação foi confirmada ao PÚBLICO pelo secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, horas depois de o Governo ter avançado com a morte do emigrante que ficara ferido no ataque a um supermercado em Carcassone e Trèbes, no sudoeste de França, que causou a morte de três pessoas.

O secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, atribui o erro à “comunicação entre as entidades envolvidas na gestão da crise no local” que terá transmitido à Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas e à Embaixada em Paris a informação da existência de uma vítima mortal.

Horas depois de ter sido confirmada, o Governo corrigiu a informação, lamentando a incorrecção. “Verifica-se apenas haver registo de um cidadão português gravemente ferido e hospitalizado em Perpignan", explicou o secretário de Estado.

"Já falámos com a família do cidadão e deslocar-me-ei na manhã de sábado ao hospital, para me encontrar com a família e com as autoridades locais. À família será prestado todo o apoio consular por parte do Estado português", garantiu José Luís Carneiro. O Governo lamentou ainda "o transtorno causado pela incorrecção na informação prestada".

O ministro do Interior francês, Gérard Collomb, identificou o atacante como sendo Redouane Lakdim, de 26 anos. Era conhecido pelas autoridades por radicalização, mas as autoridades não consideraram que havia risco terrorista. O Daesh reivindicou o ataque através de um comunicado divulgado na agência de propaganda da organização terrorista, a Amaq.

Os ataques reivindicados ou inspirados por este grupo terrorista já mataram mais de 240 pessoas em França desde 2015.

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