Os jovens de Parkland e um jogo de computador para abanar a América

Alunos da escola de Parkland, onde 17 adolescentes foram mortos num tiroteio, vão sair às ruas. “March for our lives” exige outra política para os EUA. E há um jogo de computador que procura ajudar

DR
Fotogaleria
DR
Fotogaleria

Emma, David e Delaney são avatares mas também uma representação da realidade. São três estudantes da escola de Parkland, na Flórida, onde 17 adolescentes foram mortos, num tiroteio, no mês passado. E protagonizam um jogo de computador que procura pôr o dedo na ferida e deixar um pedido: a mudança da lei de posse de armas nos EUA.

Game For Our Lives é uma forma alternativa de consciencializar para o assunto — e para a marcha de estudantes, pais e outros cidadãos que prometem sair às ruas de Washington, DC neste sábado, 24 de Março, para um protesto contra a violência.

"Inspirados pela coragem e determinação que as crianças [da escola onde houve o tiroteio] demonstraram", o director de arte Martins Zelcs juntou-se a alguns amigos para desenvolver este jogo online que permite aos utilizadores colocarem-se na pele dos estudantes e tentar chegar aos governadores e congressistas, contou ao Mashable. Pelo caminho, os alunos vão debatendo as vantagens do controlo de armas e contornando notícias falsas e empresários em busca de lucro com o negócio das armas.

A mensagem cruza-se com a da March For Our Lives, que vai estar nas ruas dia 24, e procura incentivar os americanos a lutar pela mudança. "Vemos o jogo como uma ferramenta para criar consciência para a marcha, mostrar apoio para o movimento e celebrar estas crianças corajosas", explicou Martins Zelcs.

As iniciativas dos adolescentes de Parkland — e o seu movimento #NeverAgain — têm dado nas vistas e estão a ser citadas como um exemplo a seguir nos EUA. A capa da revista Time no mês de Abril vai-lhes ser dedicada, com uma fotografia de cinco estudantes e apenas uma palavra: "Enough". O artigo já pode ser lido online. Basta de violência, pedem. Serão ouvidos?

Sugerir correcção
Comentar