Comissário europeu da Saúde defende vacina obrigatória para profissionais na área

Em Portugal, duas a três mil pessoas vacinaram-se contra o sarampo desde o início do actual surto, segundo estima a Direcção-Geral da Saúde

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Fábio Augusto

O comissário europeu para a Saúde, Vytenis Andriukaitis, defendeu nesta quarta-feira, em Bruxelas, a obrigatoriedade de vacinação para os profissionais de saúde e ainda a harmonização na União Europeia (UE) do calendário de imunizações para as crianças.

Falando a título pessoal, uma vez que a vacinação é decidida pelos governos nacionais e não determinada a nível da União Europeia (UE), Andriukaitis adiantou, em declarações a jornalistas portugueses, que "a vacinação deveria ser obrigatória para profissionais de saúde para não disseminarem doenças entre os pacientes".

Esta obrigatoriedade, esclareceu Andriukaitis, que é cirurgião cardiotorácico, "já acontece em muitos dos Estados-membros".

Outra das preocupações de Bruxelas são as diferenças dos calendários de vacinação das crianças entre os diferentes Estados-membros.

A Comissão Europeia, disse ainda o responsável pela pasta da Saúde, vai apresentar em breve uma comunicação ao Conselho da União Europeia que abordará todas estas questões.

"Será uma proposta muito abrangente, combinada com diferentes planos de acção e vários documentos sobre temas actuais, como a resistência antimicrobiana", salientou.

Em Portugal, duas a três mil pessoas vacinaram-se contra o sarampo desde o início do actual surto, segundo estima a Direcção-Geral da Saúde, que apela aos pais para não atrasarem a vacinação das crianças, aos 12 meses e aos cinco anos.

De acordo com o último balanço Direcção-Geral da Saúde (DGS), há 62 casos de sarampo confirmados e 168 casos suspeitos.

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