AMA recomenda à Rússia que aceite conclusões do relatório McLaren

Craig Reedie, presidente do organismo, diz que este é um passo fundamental para a agência antidoping russa ser reintegrada.

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Craig Reedie, presidente da AMA LUSA/JEAN-CHRISTOPHE BOTT

O presidente da Agência Mundial Antidopagem (AMA), Craig Reedie, recordou nesta quarta-feira que ainda falta às autoridades russas aceitar as conclusões do relatório McLaren sobre o doping no país, para sair da crise e recuperar a credibilidade no desporto.

O reconhecimento das conclusões do relatório McLaren, sobre a existência de um sistema institucionalizado de doping entre 2011 e 2015, com a cumplicidade do Ministério do Desporto, é uma das duas últimas condições para a agência nacional russa (RUSADA) ser reintegrada.

"É pena que as autoridades russas levem tanto tempo para tornar isso possível", disse Craig Reedie na abertura de um simpósio da Agência Mundial Antidopagem (AMA), em Lausanne, na Suíça, recordando que "o roteiro existente para este processo é claro".

Craig Reedie adiantou que "se a AMA não pode dizer que a Rússia tem uma agência nacional antidoping compatível com os códigos mundiais em curso, o resto do mundo não estará convencido de que tenha ocorrido uma mudança real nesse organismo [RUSADA]".

"Os primeiros prejudicados são os atletas russos. A sua participação nas principais competições continuará a ser questionada", advertiu Craig Reedie, recordando que o Mundial 2018 de futebol, na Rússia, começa daqui a três meses.

A Rússia foi excluída dos Jogos Olímpicos de Inverno Pyeongchang 2018, por causa do processo de doping institucionalizado e transversal a várias modalidades, tendo participado com uma selecção de atletas que competiram sob bandeira do Comité Olímpico Internacional com a designação de "Atletas Olímpicos da Rússia".

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