Providência cautelar para suspender eleição na JSD-Lisboa

Apelo ao boicote levou a que apenas 61 dos 1217 militantes da concelhia fossem votar. Lista de André Neves foi recusada e admitida apenas a lista de delegados apoiantes da deputada Margarida Balseiro Lopes.

Foto
Nelson Garrido

A eleição dos delegados da concelhia de Lisboa ao congresso da JSD que decorreu neste sábado vai ser alvo de uma providência cautelar por parte da candidatura de André Neves, que concorre à liderança daquela juventude partidária em Abril, na sequência da saída do deputado Simão Ribeiro, em fim de mandato. Nas eleições foi admitida apenas a lista de delegados apoiantes da deputada Margarida Balseiro Lopes, adversária de André Neves na corrida.

José Miguel Ferreira, director de campanha, disse ao PÚBLICO que a providência se destina a pedir a nulidade dos resultados com a justificação de que a lista apresentada por André Neves foi excluída da eleição pela Comissão Eleitoral Independente com base em argumentos que não cumprem os estatutos e que vão contra uma decisão do Conselho de Jurisdição da JSD. A Comissão Eleitoral terá comunicado à candidatura de André Neves na sexta-feira à noite que a sua lista estava recusada por incluir dois elementos que tinham transitado para a concelhia de Lisboa há menos de seis meses, mesmo depois de o presidente do Conselho de Jurisdição Nacional ter dado parecer positivo, em Fevereiro, à sua participação, e de os dois militantes aparecerem como aptos nos cadernos eleitorais.

Apesar de estarem inscritos na concelhia 1217 militantes, apenas 61 votaram neste sábado, depois de a candidatura de André Neves ter apelado ao boicote ao acto eleitoral. Às eleições acabou por se apresentar apenas a lista dos delegados que apoiam a deputada Margarida Balseiro Lopes, que é actualmente secretária-geral da JSD. A Juventude Social-Democrata realiza o seu congresso entre 13 e 15 de Abril.

Sugerir correcção
Comentar