Uma cidade cria a sua própria moeda para fazer face à crise

As notas podem ser compradas por bolívares — a moeda oficial venezuelana que tem vindo a desvalorizar cada dia mais — nas instalações municipais.

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A moeda venezuelana bolívar desvalorizou tanto nos últimos tempos que há muitos residentes no país que ganham o equivalente a um ou dois euros REUTERS/Carlos Garcia Rawlins

A cidade venezuelana de Elorza, na região Oeste do país, criou a sua própria moeda para fazer face à crise económica que se vive na Venezuela, onde existe um cenário de hiperinflação que impede os cidadãos de adquirir produtos básicos, como comida e medicamentos. Segundo o jornal venezuelano El Nacional, o próprio presidente da Comissão de Finanças da Assembleia Nacional, José Guerra, deu conta nesta sexta-feira que a crise no país levou à criação daquilo a que chamou “mini bancos centrais” que emitem “moedas locais”.

Nas notas Elorza, está impresso o semblante do coronel Jose Andres Elorza, que teve um papel determinante na independência venezuelana. A moeda será válida na cidade de Elorza, que fica perto da fronteira com a Colômbia.

Segundo o presidente da câmara local, o socialista Solfreddy Solorzano, as notas estão à venda nas instalações municipais, para que possam ser adquiridas não só por moradores mas também por turistas.

A moeda venezuelana bolívar desvalorizou tanto que há muitos residentes no país que ganham o equivalente a um ou dois euros.

Esta não é uma decisão inédita. Em Dezembro, uma comunidade nas favelas de Caracas lançou a sua própria moeda, o panal, que lhes permitia comprar arroz, por exemplo, àqueles que o cultivavam.

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