Jiménez e Rafa foram animais indomáveis

Mexicano e português fizeram os golos da vitória sobre o Feirense, que terminou a partida com dois jogadores expulsos.

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Jiménez desbloqueou a partida em Santa Maria da Feira LUSA/JOSÉ COELHO

Numa partida que dominou praticamente do princípio ao fim, e na qual acertou três vezes nos ferros da baliza adversária, o Benfica conseguiu vencer o Feirense (0-2), mas só quando já estava a jogar em superioridade numérica. A expulsão de Tiago Silva foi o primeiro passo para a equipa de Rui Vitória desbloquear o encontro — o outro foi a entrada de Jiménez, que, poucos segundos depois de ter substituído Grimaldo, inaugurou o marcador.

Os “encarnados” não desarmam na corrida pelo título, tendo obtido a sétima vitória consecutiva no campeonato. A equipa da Luz atravessa o melhor momento da temporada, mas Rui Vitória foi obrigado a recorrer ao banco de suplentes para definitivamente desequilibrar a partida a favor do Benfica.

O técnico “encarnado” tinha prometido “animais de competição”, mas só quando soltou da “jaula” o mexicano Jiménez é que o Benfica conseguiu traduzir no marcador a superioridade que estava a evidenciar no maltratado campo do Estádio Marcolino de Castro.

O regresso de Pizzi ao “onze”, depois de cumprir castigo, foi a única novidade apresentada por Rui Vitória em Santa Maria da Feira. E, num recinto onde nunca perderam (o saldo histórico das visitas do Benfica dá quatro vitórias e um empate), os “encarnados” tiveram uma entrada muito forte no encontro. A controlar a bola e a pressionar muito alto, a equipa da Luz não deixava o Feirense respirar, quanto mais pensar em passar do meio-campo.

Porém, esta preponderância “encarnada” não teve correspondência em oportunidades flagrantes de golo. Para ver uma situação clara de perigo foi preciso esperar até aos 34’, quando Rafa fugiu à defesa do Feirense, tirou Briseño do caminho e, cara a cara com Caio, acertou no poste. Pouco depois seria André Almeida, de cabeça após cruzamento de Cervi na esquerda, a atirar por cima da trave.

Mas as coisas simplificaram-se substancialmente perto do intervalo, quando Tiago Silva foi imprudente e viu o segundo cartão amarelo na partida. O Feirense ficava reduzido a dez jogadores e teria de ser ainda mais rigoroso na defesa para suster os “encarnados”.

Apesar de um par de excelentes cortes de Briseño, logo a abrir o segundo tempo, o defesa mexicano do Feirense só estava a adiar o inevitável. Do outro lado também havia um mexicano, e, assim que Rui Vitória recorreu a Raúl Jiménez, passaram poucos segundos até que pudesse recolher dividendos: o avançado recebeu a bola de Jonas, aproveitou o corte falhado de Luís Rocha, e atirou para o fundo da baliza de Caio.

O cenário tornava-se dramático para o Feirense, em inferioridade numérica e a perder em casa. A equipa de Nuno Manta arriscou na frente, expôs-se e, num par de ocasiões, foi capaz de testar a atenção de Bruno Varela. No lado contrário, o Benfica aproveitou para criar mais perigo para Caio, que teve de aplicar-se para travar o remate de Rafa (66’). Jiménez acertou no poste após passe de Cervi (67’) e Rafa teve o 0-2 nos pés, quando avançava isolado para a área adversária, mas permitiu a recuperação e o corte de Edson Farias (73’).

Dois minutos depois, num lance tirado a papel químico do anterior, Rafa não perdoou: novamente isolado, o extremo acelerou, contornou Caio e atirou para o fundo da baliza deserta. Era o descanso “encarnado” e o fim da esperança para os feirenses, que antes do apito final de Manuel Mota ainda tiveram mais um jogador expulso: Briseño viu o cartão vermelho directo por falta dura sobre André Almeida.

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