Navio que estava encalhado em Lisboa já flutua

Betanzos vai atracar no cais do Beato para que a sua zona imersa seja inspeccionada. Se não apresentar danos, seguirá viagem para Marrocos.

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O Betanzos esteve encalhado durante dez dias perto do farol do Bugio Reuters/RAFAEL MARCHANTE

O navio que estava encalhado há dez dias no Bugio, na foz do rio Tejo, à saída da barra de Lisboa, começou a flutuar às 2h30 desta sexta-feira, disse à agência Lusa o porta-voz da Autoridade Marítima Nacional (AMN). "O rebocador começou, pelas 00h, a aumentar de forma progressiva a tracção, tendo arrastado o navio para uma zona mais profunda, ficando a flutuar pelas 2h30", explicou Fernando Pereira da Fonseca.

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O navio que estava encalhado há dez dias no Bugio, na foz do rio Tejo, à saída da barra de Lisboa, começou a flutuar às 2h30 desta sexta-feira, disse à agência Lusa o porta-voz da Autoridade Marítima Nacional (AMN). "O rebocador começou, pelas 00h, a aumentar de forma progressiva a tracção, tendo arrastado o navio para uma zona mais profunda, ficando a flutuar pelas 2h30", explicou Fernando Pereira da Fonseca.

Segundo Fernando Pereira da Fonseca, "um segundo rebocador mais pequeno irá passar hoje [sexta-feira] um segundo cabo para que o navio possa ser rebocado para atracar no cais do Beato". O responsável adiantou que se prevê, ao início da manhã, que o navio já esteja atracado. "O navio vai ter de ser inspeccionado, para se saber como está a sua zona imersa. Se tiver danos, tem de ser reparado antes de prosseguir viagem. Caso contrário, pode retomar a viagem", acrescentou o porta-voz da AMN.

O Betanzos, com dez tripulantes a bordo, encalhou na madrugada de dia 6 de Março, cerca das 1h, à saída da barra de Lisboa, após uma falha total de energia e da tentativa de fundear. O navio estava encalhado perto do farol do Bugio, no forte de São Lourenço do Bugio, concelho de Oeiras, na foz do Rio Tejo, e transporta oito mil toneladas de areia com sílica, usada na indústria de porcelana e cerâmica.

A bordo do navio, que se deslocava para Casablanca, em Marrocos, estão 130 toneladas de combustível e 20 toneladas de resíduos oleosos. De acordo com o porta-voz da AMN, na ausência de danos estruturais, o risco de derrame é baixo. No dia 8, como medida de precaução devido ao mau tempo, dez tripulantes e quatro elementos técnicos foram resgatados do navio pelo helicóptero da Força Aérea Portuguesa.