Há 25 casos confirmados de sarampo e 22 são profissionais de saúde

Casos de sarampo continuam a aumentar no Norte. No Hospital de Santo António, no Porto, onde o surto eclodiu, já foram dadas 865 doses de vacina.

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nelson garrido

O número de casos de sarampo confirmados na região norte subiu para 25 e há mais de três dezenas de casos suspeitos ainda em investigação, adiantou nesta sexta-feira a Direcção-Geral da Saúde (DGS).

Dos 25 casos confirmados, 22 são profissionais de saúde e, destes, cinco não estavam vacinados contra o sarampo, quatro tinham um esquema vacinal incompleto (apenas uma dose em vez das duas recomendadas) e um não sabia sequer se estava ou vacinado, segundo o último balanço da DGS.

Até às 19 horas de sexta-feira, tinham sido comunicados na região norte "72 casos suspeitos de sarampo", dos quais 25 foram confirmados laboratorialmente pelo Instituto Nacional Doutor Ricardo Jorge (INSA) e 15 deram negativo, aguardando os restantes os resultados das análises, acrescenta a DGS.

Todos os casos são adultos até aos 45 anos e três pessoas estão internadas em situação clínica estável.

No Hospital de Santo António (Porto), onde o surto de sarampo eclodiu esta semana, todos os visitantes são agora aconselhados à entrada a usar uma máscara de protecção e, nos últimos dias, foram já administradas 865 doses da vacina conjugada VASPR (sarampo, paratiroidite e rubéola) a profissionais da unidade.

Recordando que o sarampo é uma das doenças infecciosas mais contagiosas, que pode provocar doença grave sobretudo em pessoas não vacinadas, a DGS recomenda que as pessoas verifiquem o seu boletim de vacinas e que, se tiverem sintomas sugestivos de sarampo, evitem o contacto com outras pessoas, e liguem para o SNS 24 (808 24 24 24).

Este surto terá tido origem num doente vindo no estrangeiro e que foi tratado noutro hospital do Norte do país, onde trabalham funcionários que também prestam serviço no hospital de Santo António.

No ano passado, Portugal registou dois surtos de sarampo e uma adolescente de de 17 anos, que não estava vacinada e tinha passado pelo hospital de Cascais, acabou por morrer com uma pneumonia bilateral.

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