O treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, exigiu esta sexta-feira uma resposta frente ao Boavista, no jogo da 27.ª jornada da I Liga, após a derrota com o Paços de Ferreira (1-0).

O técnico admitiu, em conferência de imprensa de antevisão do derby portuense, que a equipa está preparada e não admite outro cenário que não a vitória.

“Frente ao Boavista, exijo o que a equipa tem dado até aqui, o que deu até ao jogo de Paços de Ferreira. Esperamos um adversário difícil, mas estamos preparados. Tivemos uma semana para preparar este jogo e vamos dar uma boa resposta. Queria dar uma palavra também ao público. Sei que o estádio tem já 44 mil bilhetes vendidos, o que é mais uma prova de grande empatia com a equipa”, disse Sérgio Conceição.

O treinador frisou a necessidade de vencer o encontro, após a primeira derrota na prova.

“Por tudo aquilo que foi o último jogo, e pelos 15 dias de paragem das selecções que se seguem, é muito importante vencer. Vamos apanhar uma equipa bem trabalhada pelo Jorge Simão, que nos vai criar muitas dificuldades e tentar levar pontos do Dragão”, afirmou.

O FC Porto perdeu pela primeira vez em competições internas e o técnico não tem dificuldade em apontar o que esteve mal no último encontro, querendo que seja diferente.

“Esperemos que seja tudo um pouco diferente do último jogo. Começando pelo tempo, o campo é diferente também, as condições vão ser também”, disse.

Ainda sobre o jogo em Paços de Ferreira, Sérgio Conceição abordou a questão da marcação da grande penalidade, que inicialmente seria para ser cobrada por Sérgio Oliveira, mas acabou por ser apontada por Brahimi.

“Sobre o penálti, a culpa não é do Sérgio nem do Brahimi. É minha. Ao intervalo, tive uma conversa com os jogadores e abordei o Sérgio de uma forma que hoje não faria. Cometo erros também. A forma como o abordei não foi a melhor. Deixei-o intranquilo para bater o penálti. A culpa é exclusivamente minha, porque tive um discurso com o Sérgio que acho que não devia ter", confessou, logo garantindo: “O próximo penálti vai marcar o Sérgio”.

O treinador do FC Porto aproveitou ainda para voltar a falar do que foi, na sua opinião, o antijogo do Paços de Ferreira.

"Vi meio mundo escandalizado por não cumprimentar um treinador, por promover esse tipo de situações. Mas porquê? Agora fiquei a perceber que há tantos adeptos do Paços e do João Henriques, pessoa contra quem nada tenho. Aquilo que vi no banco foi isso [antijogo]. E não senti vontade de o cumprimentar. Não sou hipócrita. Não sou falso”, frisou Conceição.

O técnico portista entende que se defenda “em bloco baixo”, a “entrada da equipa médica numa lesão” e até “queimar” algum tempo, mas “não daquela forma”.

“Perdoamos mais isso do que um treinador sentir que o outro está a promover algo que é batota e não o cumprimentar”, lamentou Sérgio Conceição.