Programa Erasmus+ vai ter um complemento virtual

Projecto visa "melhorar as competências de pelo menos 25 mil jovens". Terá um site onde haverá discussões alargadas com moderadores ou cursos online.

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Projecto quer aproximar os jovens de vários países LUSA/PATRICK SEEGER

O programa europeu de mobilidade para estudantes universitários e académicos Erasmus+ vai ter um complemento virtual, um projecto lançado hoje que pretende "promover o diálogo intercultural" e melhorar competências digitais nos próximos dois anos.

Segundo um comunicado da Comissão Europeia, o novo Erasmus+ Virtual Exchange, hoje lançado, e que decorre até ao final do ano como projecto-piloto com um orçamento de dois milhões de euros, visa "melhorar as competências de pelo menos 25 mil jovens". Isso será feito "através de ferramentas de aprendizagem digitais ao longo dos próximos dois anos", nos 33 países que integram o Erasmus+ e na região sul do Mediterrâneo - Argélia, Egito, Israel, Jordânia, Líbano, Líbia, Marrocos, Palestina, Síria e Tunísia.

Na fase piloto o projecto quer chegar a 8 mil jovens e, "se for bem-sucedido, pretende-se que seja renovado até ao final de 2019 para chegar a mais 17.000 pessoas". No futuro pode tornar-se uma acção regular e ser alargado.

No site, haverá discussões moderadas, grupos de projecto transnacionais, cursos e promoção da formação. A título de exemplo, jovens de diferentes países poderão entrar em contacto uma vez por semana para debaterem temas como a evolução económica ou as alterações climáticas, apoiados por um moderador e baseando-se em material de preparação previamente distribuído, explica a nota da comissão europeia.

Segundo o comunicado, universidades e organizações de juventude já manifestaram interesse e foram criadas 50 parcerias e formadas 40 pessoas como facilitadores para moderar debates.

Segundo os dados da Comissão Europeia, desde 2015 foram financiados mais de mil projetos entre universidades europeias e o sul do Mediterrâneo, para permitir a mobilidade de cerca de 15 mil estudantes e académicos dos países do sul para a Europa e de cerca de 7 mil no sentido inverso.

O actual programa Erasmus+, que decorre de 2014 a 2020, dispõe de um orçamento de 14,7 mil milhões de euros e proporcionará a 3,7% dos jovens da UE uma oportunidade para estudarem, seguirem uma formação, adquirirem experiência de trabalho e fazerem voluntariado no estrangeiro (ou seja, cerca de 3,3 milhões de jovens ao longo de todo o período).

 

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