Obras de reabilitação do convento e via-sacra do Bussaco vão custar um milhão

Os espaços estarão fechados ao público durante um ano e as intervenções obedecerão aos projectos aprovados pela Direcção Regional da Cultura do Centro

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Rui Gaudencio

Vão arrancar de imediato as obras de requalificação da Mata Nacional do Bussaco, na Mealhada, anunciou a câmara nesta quinta-feira durante a assinatura do auto de consignação da empreitada que prevê a recuperação do convento de Santa Cruz e das Capelas dos Passos da Via.

Os imóveis a reabilitar são património do Estado, afectos à Fundação Mata do Bussaco há nove anos No entanto, para que as obras avançassem – algo que todas as partes envolvidas classificavam de “urgente” - a câmara da Mealhada teve que “de se substituir ao papel do próprio Estado”, refere a autarquia em comunicado.

A obra, que tinha sido anunciada no ano passado, obrigará ao encerramento durante um ano dos espaços que serão alvo da intervenção, que prevê um investimento próximo de um milhão de euros. No convento de Santa Cruz serão investidos 543 mil euros, 85% financiados pelos fundos comunitários do Programa Centro 2020, e nas capelas dos Passos da Via-Sacra serão investidos 299 mil euros, com pouco mais de metade financiados por fundos comunitários.

A Fundação Mata do Bussaco assumirá ainda as despesas relacionadas com questões logísticas e com a limpeza de áreas envolventes de modo a facilitar o decorrer dos trabalhos.

Todas as obras obedecerão aos projectos aprovados pela Direcção Regional da Cultura do Centro e Rui Marqueiro, presidente da Câmara Municipal da Mealhada, dá conta de que a empreitada se encontra adjudicada a uma empresa especializada “na reabilitação, conservação e restauro do património construído”.

Rui Marqueiro afirma ainda que para que as obras fossem para a frente foi preciso um processo árduo que envolveu “trabalhar muito e sensibilizar vários responsáveis para a importância e urgência da empreitada”.

Já António Gravato, presidente da Fundação Mata do Bussaco - um espaço que é candidato a património da UNESCO -, enalteceu o apoio da directora Regional da Cultura do Centro, Celeste Amaro, “que compreendeu a justiça das reivindicações e se manteve do lado dos interesses superiores do património cultural, histórico, religioso e militar do Bussaco, que carece de intervenção urgentíssima”.

Texto editado por Ana Fernandes

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