Novo estudo de impacte ambiental do terminal de contentores em consulta pública em Julho

A localização para o terminal já está definida, garante o presidente da câmara do Barreiro.

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Frederico Pereira diz que o novo terminal de contentores do Barreiro será remetido para a zona industrial Nuno Ferreira Santos/ARQUIVO

O novo Estudo de Impacte Ambiental (EIA) para a construção do terminal de contentores no Barreiro deverá entrar em consulta pública em Julho, afirmou o presidente da Câmara do Barreiro, Frederico Pereira, referindo que a localização já está definida. "Já foi enviada a proposta de definição de âmbito. O grupo de trabalho está a estudar uma localização com duas premissas bases: que não impeça o corredor da terceira travessia sobre o Tejo e que não entre na zona urbana da cidade e que afecte as vistas", disse Frederico Pereira, à margem da feira internacional de imobiliário, o MIPIM, que está a decorrer desde quarta-feira em Cannes, na França.

Segundo explicou o presidente, o novo terminal de contentores do Barreiro será remetido para a zona industrial, no território da Baía do Tejo. Já o vereador Rui Braga, que tem acompanhado o processo, explicou que está a ser formalizado um novo Estudo de Impacte Ambiental, em que partes do anterior documento vão ser aproveitadas.

"Se as coisas correrem bem, vai estar em consulta pública algures em Julho. O terminal encolheu um bocadinho, com uma redução na capacidade, e a área de metros lineares também diminuiu", afirmou. Rui Braga disse ainda que o grupo de trabalho está a analisar as acessibilidades e referiu que existe a possibilidade que 30% do tráfego possa sair por barcaças pelo rio.

"É uma meta ambiciosa, mas ainda não está fechada. Este facto significava muito menos camiões a circular, com o rio a ser aproveitado", defendeu.

Durante o período de discussão pública do primeiro Estudo de Impacte Ambiental (EIA) do terminal de contentores do Barreiro diversas entidades, entre elas a autarquia do Barreiro, defenderam que a infra-estrutura não poderia prejudicar a marginal do concelho.

A tomada de posição surgiu após várias imagens disponíveis no estudo mostrarem a implementação do terminal no território, em que é possível ver a expansão para a zona da avenida Bento Gonçalves, conhecida como avenida da Praia, a marginal no centro da cidade, afectando a sua vista sobre o rio e sobre Lisboa.

A Administração do Porto de Lisboa (APL) acabou por pedir uma nova Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) e a reformulação do projecto do Terminal do Barreiro, depois de críticas apresentadas durante a consulta pública, tendo sido criado um grupo de trabalho.

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