Lucros da REN aumentam 25,7% em 2017

Compra da Electrogas, no Chile, e da Portgás, em Espanha, impactaram na dívida da REN, mas também impulsionaram os resultados operacionais

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A REN é liderada por Rodrigo Costa Miguel Manso

A REN - Redes Energéticas Nacionais teve lucros de 125,9 milhões de euros em 2017, mais 25,7% do que os obtidos em 2016, divulgou hoje em comunicado ao mercado.

Segundo a empresa, "a melhoria do resultado líquido foi sustentada pelo resultado financeiro, que atingiu -61,2 milhões de euros (23,3%), em linha com a tendência de descida do custo médio da dívida (2,5%, versus 3,2% em 2016)".

A dívida líquida da REN ascendeu, no final de 2017, a 2.756,2 milhões de euros, mais 11,2% face a 2016, o que justifica com a aquisição da chilena Electrogas, por 169,3 milhões de euros, e da Portgás, a empresa de distribuição de gás natural que pertencia à EDP, por 530,3 milhões de euros.

Já o EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) cresceu 2,4% em 2017 para 487,5 milhões de euros, segundo a empresa, beneficiando da "consolidação de três meses da Portgás (8,9 milhões de euros ao nível operacional), assim como dos resultados da Electrogas (7,2 milhões de euros)".

Ainda assim, acrescenta, os resultados EBITDA foram atenuados pela operação de aumento de capital, feita em Dezembro, no valor de 250 milhões de euros.

Nas contas divulgadas ao mercado, a REN volta a queixar-se da contribuição sobre o sector energético, referindo que os seus resultados "têm sido penalizados pelo pagamento, desde 2014, do imposto extraordinário sobre o sector energético, que já ultrapassou 100 milhões de euros" e que elevou a "taxa efectiva do imposto para 38,4%, em 2017".

A REN tem como accionista maioritário a chinesa State Grid, com 25% do capital social.

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