Ordem dos Médicos mostra preocupação e apela à vacinação

Foram identificados, no Norte do país, dois casos de sarampo em adultos não vacinados.

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O bastonário disse ser "fundamental" cumprir o plano nacional de vacinação Rui Gaudêncio

O bastonário da Ordem dos Médicos (OM), Miguel Guimarães, manifestou-se esta quarta-feira preocupado com o "pequeno surto de sarampo", apelando à população para que cumpra o Plano Nacional de Vacinação (PNV).

"É uma situação que também preocupa a OM", afirmou Miguel Guimarães, no Porto, à margem de uma reunião com o líder do PSD, Rui Rio. O bastonário destacou que o PNV é "uma medida de saúde pública das mais importantes na história da medicina", que permite "salvar milhões de vidas em todo o mundo, todos os anos".

Afirmando estar "seguro" de que a Directora Geral da Saúde "está em cima de todos os acontecimentos", o bastonário disse ser "fundamental" cumprir o PNV, pois "mais uma vez" este "pequeno surto" está "relacionado com a não vacinação". A Direcção-Geral da Saúde anunciou na terça-feira que foram notificados na região norte dois casos de sarampo confirmados, existindo outros doentes com sinais e sintomas, mas que ainda estão em investigação, sendo aguardados os resultados laboratoriais.

"Foram notificados na região norte dois casos de sarampo, aparentemente não relacionados, confirmados laboratorialmente em adultos não vacinados", referiu a Direcção-Geral da Saúde, em comunicado. De acordo com a DGS, também na região norte estão em investigação outros doentes com sinais e sintomas clínicos, de início súbito, incluindo exantema (erupção cutânea), dores musculares e cansaço, explicando que os resultados laboratoriais são confirmados no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.

A DGS lembrou que o sarampo é uma das doenças infecciosas mais contagiosas, podendo provocar doença grave, principalmente em indivíduos não vacinados, explicando que actualmente se verificam surtos de sarampo em alguns países europeus devido à existência de comunidades não vacinadas. O sarampo provocou 35 mortes no ano passado, incluindo uma em Portugal, em 50 países da região europeia, onde se registaram mais de 20 mil casos em 2017.

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