Espanha, Inglaterra, Itália e Alemanha monopolizam “quartos” da Champions

Sem surpresa, Barcelona e Bayern Munique confirmaram o apuramento e, de forma inédita, só há clubes dos quatro primeiros classificados do ranking da UEFA entre os oito melhores da competição

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Messi marcou frente ao Chelsea Reuters/ALBERT GEA

A resiliência dos clubes portugueses e franceses foi adiando o desfecho nas últimas épocas, mas com as alterações impostas nos últimos anos pela UEFA no formato da prova, era quase uma inevitabilidade: pela primeira vez, Espanha, Inglaterra, Itália e Alemanha, os quatro países melhor classificados no ranking da UEFA, dominam em absoluto os quartos-de-final da Liga dos Campeões. Sem surpresa, nos dois confrontos que faltavam para fechar os “oitavos”, o Barcelona desenvencilhou-se sem problemas do Chelsea, com Lionel Messi a chegar aos 100 golos na “Champions”, enquanto o Bayern foi a Istambul carimbar o apuramento frente ao Besiktas com um total de 8-1 na eliminatória.

Depois do empate a um golo em Stamford Bridge, ficaram poucas dúvidas que o Chelsea precisava de um milagre para apurar-se, mas, em Camp Nou, com Messi a ser Messi, os “blues” não tiveram hipóteses. Ao contrário do Chelsea, que atravessa um mau momento – os londrinos sofreram a sexta derrota nos últimos 11 jogos -, o Barcelona tem mostrado esta época uma consistência que já não se via desde os tempos de Guardiola e, com muita cabeça, os “blaugrana” selaram com simplicidade q.b. o apuramento.

Logo no terceiro minuto, Messi combinou com Suárez e, de ângulo difícil, rematou entre as pernas de Courtois. Com mais coração do que cabeça, os ingleses tentaram reagir, mas quando a equipa de Conte procuravam assumir o controlo, Messi voltou a fazer a diferença: aos 20’, o argentino recuperou a bola, ultrapassou Christensen e Azpilicueta e estendeu a passadeira a Dembélé que, com um remate forte, bateu Courtois pela segunda vez. O Chelsea, passava a precisar de dois golos. Combativos, os londrinos não deixaram de lutar, mas em cima do intervalo, na conversão de um livre directo, Marcos Alonso acertou no poste da baliza defendida pelo alemão Ter Stegen.

Os últimos 45 minutos começaram com um lance muito duvidoso na área catalã: Piqué pareceu derrubar Alonso, que ficava isolado. Os efusivos protestos de Antonio Conte de nada valeram e, pouco depois, as poucas esperanças que o técnico italiano ainda tinha esfumaram-se de vez: Já com André Gomes em campo, Suárez e Messi voltaram a combinar e o argentino, com mais um remate que passou por entre as pernas de Courtois, fixou, com o seu 100.º golo na Liga dos Campeões, o resultado final.

Quaresma titular

Em Istambul, a primeira má notícia para o Besiktas chegou ainda antes de o jogo começar: apesar dos cinco golos de vantagem na eliminatória, Jupp Heynckes não foi fazer turismo à Turquia. Sem problemas a nível interno – o Bayern tem 20 pontos de vantagem sobre o 2.º classificado na Bundesliga -, o experiente treinador germânico não prescindiu das suas estrelas. Com uma Boateng, Hummels, Vidal, Javi Martinez, Muller, Lewandowski e Ribery em campo do lado alemão, e o Besiktas em regime de poupanças para o importante derby no próximo fim-de-semana frente ao Istambul BB – Quaresma, castigado na liga turca, foi titular -, o jogo tornou-se simples para os bávaros. Thiago Alcântara, aos 18’, colocou o Bayern em vantagem e no início da segunda parte, Gönül, ao colocar a bola na própria baliza, fez o segundo dos alemães. O brasileiro Vagner Love, que não marcava um golo da Liga dos Campeões desde 2011, ainda reduziu a diferença, mas já nos últimos 10 minutos Wagner fez o terceiro e último golo do Bayern, fixando o desfecho da eliminatória num contundente 8-1.

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