Barcelona dá insónias a toda a gente e a Conte também

Catalães recebem nesta quarta-feira o Chelsea em jogo da segunda mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Eliminatória está em aberto depois do empate (1-1) em Londres.

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Antonio Conte, treinador do Chelsea Reuters/LEE SMITH

Antonio Conte não deve ser caso único. Muita gente no mundo do futebol deve ter insónias a pensar na forma de contrariar o Barcelona, embora poucos o admitam. Mas o treinador italiano do Chelsea não tem problemas em dizê-lo. “Tenho de ser honesto. Foi difícil dormir bem. Quando fazemos estes jogos, temos de preparar tudo, as coisas grandes e as coisas pequenas”, dizia Conte antes do jogo da primeira mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões em Stamford Bridge, que até nem foi um pesadelo, mas também não foi um sonho. Foi um empate (1-1) que deixou tudo em aberto para o jogo da segunda mão nesta quarta-feira, em Camp Nou – e, seguramente, mais uma dose de noites mal dormidas para Conte.

Barcelona e Chelsea são dois antigos campeões europeus com contas antigas por saldar e coisas diferentes para provar. Este será o 14.º confronto entre as duas equipas – jogos sempre na Liga dos Campeões, sendo que apenas dois aconteceram durante a fase de grupos. Em termos de eliminatórias ganhas, a vantagem é do Barcelona, que afastou os londrinos em 2000 (quartos-de-final), 2006 (“oitavos) e em 2009 (meias-finais) – com títulos em 2006 e 2009 –, enquanto o Chelsea afastou os catalães em 2005 (“oitavos”) e 2012 (“meias”), ano em que seguiriam para um inesperado título europeu com outro italiano, Di Matteo, no banco.

E o que têm a provar estas duas equipas da elite do futebol europeu? Depois de ter sido dado como morto no início da época por muitas coisas, incluindo a perda de Neymar, o Barcelona tem desmentido toda a gente de forma espectacular - já quase garantiu o título em Espanha e tem apenas uma derrota em 50 jogos para todas as competições. Messi e Suaréz, mais Dembelé, Iniesta, Busquets e outros (Coutinho não pode jogar) metem, de facto, medo a qualquer um e sempre terão 100 mil catalães em Camp Nou para puxar pela equipa – e, talvez, saudar os regressos temporários de dois rapazes da casa, Pedro Rodríguez e Cesc Fabrègas, que agora vestem de azul.

O Chelsea, por seu lado, tem feito fraca defesa do título da Premier League (está 25 pontos atrás do Manchester City e em quinto, fora dos lugares de Champions) e Conte precisa de fazer alguma coisa na prova para garantir o lugar para a próxima época – ou então, Conte quer deixar os “blues” e regressar aos “azzurri”, ainda sem seleccionador. Seja como for, o italiano quer dar uma boa imagem na Champions e, para seguir em frente, precisa de ganhar, ou de um empate de 2-2 para cima.

No outro jogo da noite, só um descalabro épico em Istambul irá impedir o Bayern Munique de seguir em frente, depois de um triunfo bávaro por 5-0 frente ao Besiktas, que deverá apresentar Ricardo Quaresma de início, mas que não poderá contar com o lesionado Pepe.

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