Madrasta de Gabriel confessa homicídio do menino de oito anos

O corpo da criança tinha sido encontrado no carro de Ana Julia Quezada, que tinha até então negado o envolvimento no homicídio.

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Quezada (à direita) e o pai de Gabriel LUSA/Chema Artero

Ana Julia Quezada, madrasta do menino de oito anos que estava desaparecido desde o final de Fevereiro e foi mais tarde encontrado sem vida na mala do seu carro, confessou o homicídio nesta terça-feira, adianta a imprensa espanhola. Quezada era já a principal suspeita do caso, e a única que tinha sido detida na sequência da investigação.

A sua advogada garante que Quezada respondeu a todas as perguntas que lhe foram feitas pela Guarda Civil espanhola. Quando o corpo da criança foi encontrado pela polícia no carro que conduzia, no domingo, a madrasta começou por negar qualquer envolvimento na sua morte. Agora, admitiu que matou Gabriel Cruz, filho único do seu companheiro, segundo disseram fontes da investigação aos jornais espanhóis, entre eles o El País e o El Mundo. Na sequência da investigação, a polícia reabriu o caso da morte “acidental” de uma das filhas de Quezada, que caiu da varanda de um sétimo andar em 1996.

Os resultados iniciais da autópsia de Gabriel Cruz davam conta de que o menino tinha morrido de asfixia por estrangulamento, mas sabe-se agora que morreu sufocado e que apresentava também um golpe na cabeça, anterior à sua morte, refere o La Vanguardia.

A polícia científica acredita que Gabriel foi assassinado no dia do seu desaparecimento (27 de Fevereiro). Gabriel Cruz tinha sido visto pela última vez a sair da casa da sua avó paterna para ir para casa dos primos e só foi encontrado, já sem vida, no domingo. Ana Julia Quezada, que já estava a ser vigiada pela polícia espanhola, estaria a transportar o corpo para outro local, com medo que o encontrassem.

O funeral de Gabriel realizou-se na manhã desta terça-feira, na Catedral de Almería. 

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