Gael García Bernal e a portuguesa Benedita Pereira no primeiro festival de Cannes para séries

O Canneseries estreia-se em Abril com novas séries do actor mexicano e do realizador francês Jean-Jacques Annaud. E com a nova temporada de Versalhes, em que participa a actriz portuguesa.

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Killing Eve
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Aqui en la tierra
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Versalhes
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Safe
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The truth about the Harry Quebert affair

O Festival de Cannes das séries de televisão, o Canneseries, anunciou esta terça-feira o seu alinhamento para a edição de estreia. O actor Gael García Bernal mostra Aquì en la tierra, da qual é co-criador, e Phoebe Waller-Bridge, do fenómeno britânico Fleabag, apresenta a sua muito aguardada Killing Eve. Michael C. Hall fechará o festival com Safe, a última de muitas séries que vão mostrar-se ao mundo a partir da cidade cujo prestígio é sinónimo de cinema e que agora acolhe também a televisão de autor, com títulos da Coreia do Sul, Noruega, Bélgica, Espanha e Itália.

A secção de competição será composta por dez séries e o tom que une quase todas é o policial – séries de crime ou mistério, da máfia à fuga da justiça. São, por conseguinte, dramas e a sua duração segue a tendência mundial de um número limitado de capítulos.

Killing Eve, uma série com Sandra Oh baseada nas histórias Villanelle, do autor Luke Jennings, pela argumentista e actriz da elogiada série britânica Fleabag; Aquì en la tierra, de García Bernal, Jorge Dorante e Kyzza Terrazas, sobre os crimes impunes de uma família poderosa do México; de Israel chegará When Heroes Fly, de Omri Givon, mas também Miguel, de Tom Salama, designer de moda, e Daphna Levi; Il Cacciatore, dos italianos Marcello Izzo, Silvia Ebreul, Stefano Lodovichi, Fabio Paladini e Marzio Paoltroni, tem por base o livro de Alfonso Sabella, Cacciatore di mafiosi, sobre a violência entre a máfia e o Estado italiano nos anos 1990.

Já Lykkeland (“Estado de felicidade”, numa tradução livre do norueguês), sobre a exploração petrolífera no país, é de Mette M. Bølstad, que escreveu a série Nobel; a alemã Die Protokollantin (“A dactilógrafa”), de Nina Grosse. Félix, do espanhol Cesc Gay, é uma história de amor tornada policial; da Bélgica, novo foco de interesse da produção de ficção mundial, virá Undercover, de Nico Moolenaar, sobre a história real da busca por um produtor de ecstasy; Mother, o trabalho da actriz Park Jee-young, é sobre o resgate de uma menina abusada pelos pais e a subsequente perseguição pela justiça.

Esta quarta-feira foi também confirmado pela organização que fora de concurso se vão apresentar as séries The truth about the Harry Quebert affair, de Jean-Jacques Annaud, que, paradoxalmente, vai abrir a sessão de competição e que conta com Patrick Dempsey (Anatomia de Grey), e que o festival terminará com Safe, de Harlan Coben (The Five). Esta última terá distribuição mundial via Netflix.

A série de abertura do festival será a terceira temporada da produção francesa - portanto a jogar em casa - Versalhes. A série do Canal + conta nesta temporada com a actriz portuguesa Benedita Pereira, tal como o PÚBLICO noticiou em Novembro, que interpreta em três episódios a personagem da infanta Isabel de Bragança. Em Portugal, a série é transmitida pela RTP.

O director artístico do festival, que decorre entre 4 e 11 de Abril, é o actor Albin Lewi e uma das suas embaixadoras é a antiga ministra da Cultura francesa Fleur Pellerin. O presidente do júri é Harlan Coben e os seus membros são as actrizes Paula Beer e Melisa Sözen, o actor Michael Kenneth Williams, a autora Audrey Fouché e o compositor Cristobal Tapia de Veer.

Serão premiadas a Melhor Série, Melhor Actuação, Melhor Argumento e Melhor Música, além do prémio de Actuação Especial. Haverá ainda uma competição para séries digitais e o evento aproveita não só o pedigree do vetusto Festival de Cinema mas também o mês que Cannes dedica aos eventos televisivos, nomeadamente o importante mercado MIPTV, paralelamente ao qual decorre.

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