Polícia investiga morte de família portuguesa em Londres

Autoridades não fizeram qualquer detenção relacionada com o caso nem procuram qualquer responsável.

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Birling Gap, conhecido pelas falésias brancas de calcário, é uma área frequentada por turistas e também cenário frequente de suicídios REUTERS/Alister Doyle /Arquivo

A polícia britânica está a investigar o homicídio de uma mulher perto de Londres, cujo marido e filhos, de nacionalidade portuguesa também foram encontrados mortos.

A investigação foi lançada no início da semana depois de a mulher, de cerca de 40 anos, ter sido encontrada morta na própria casa em Twickenham, com lesões de arma branca, na segunda-feira pelas 18h.

Alertada para o caso, a Polícia Metropolitana de Londres deslocou-se ao local e iniciou diligências urgentes para encontrar o marido, de 57 anos, e os filhos, de sete e dez anos.

A polícia do condado de Sussex descobriu os corpos de um homem e dois meninos a 140 quilómetros de distância, em Birling Gap, uma área à beira-mar, perto de Eastbourne, no sul de Inglaterra.

Mesmo sem ter identificação formal, a polícia suspeitou imediatamente que seriam a família da mulher encontrada morta em Twickenham, tendo recuperado o automóvel perto do local. Birling Gap, conhecido pelas falésias brancas de calcário, é uma área frequentada por turistas e também cenário frequente de suicídios.

Embora as averiguações continuem, a polícia indicou que não fez qualquer detenção relacionada com o caso nem procura qualquer responsável, o que sugere que as mortes estão relacionadas.

O caso é tratado neste sábado nas páginas do diário Correio da Manhã, que acrescenta informações. Segundo o jornal, terá sido o português de 57 anos a matar a mulher, pegando depois nos filhos para se dirigir de carro para a zona de penhascos a 140 quilómetros de casa. Aí terá atirado com o carro para o canal da Mancha, suicidando-se e arrastanto para a morte os dois filhos menores. Uma “fonte oficial” da Scotland Yard citada pelo jornal adiantou que as mortes aconteceram no domingo mas os corpos “só foram descobertos no dia seguinte”.

Os cadáveres estão numa morgue de Londres à espera de autópsia, refere o diário, acrescentando que o homem de 57 anos se chama Adelino de Faria e a mulher, Laura.

Contactada pela Lusa, uma fonte do gabinete do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas adiantou que o homem e os dois filhos tinham nacionalidade portuguesa, mas que a mulher não é de origem portuguesa, estando ainda a ser verificado se adquiriu a nacionalidade. A mesma fonte lamentou estas "mortes muito trágicas", mas escusou-se a avançar mais comentários sobre o caso, afirmando que foi entregue às "autoridades competentes".

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