Diogo Feio diz que o “partido se tem de virar para os votos do João e da Maria”

Ex-eurodeputado considera que o CDS precisa de se virar para os problemas dos portugueses.

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Diogo Feio exclui recandidatar-se ao Parlamento Europeu Adriano Miranda

O director do gabinete de estudos do CDS, Diogo Feio, pediu este sábado à equipa que vai preparar o programa do Governo do partido, que será coordenado pelo vice-presidente do partido, Adolfo Mesquita Nunes, que faça “um discurso simples, virado para o dia-a-dia dos portugueses, um discurso que não exclua ninguém”.

Focado nas eleições legislativas do próximo ano, Diogo Feio sugeriu mesmo que o partido se deve virar para os “votos do João e da Maria”. Recuperando uma figura utilizada há muitos anos num congresso. E depois falou dos problemas do dia-a-dia do “João” e da “Maria”, para desta forma glosar os tempos de espera nos hospitais ou a falta de condições de muitas escolas do país. “O João diz-nos hoje que passa horas e horas numa urgência de um hospital numa maca sem quaisquer condições e a Maria responde: e a minha filha que esta semana foi de manta para a escola na qual chovia…”

“É precisamente para o João e para a Maria deste país que nós devemos cada vez mais falar”, reafirmou director do gabinete de estudos do CDS.

Na sua intervenção na tarde deste sábado, no palco do Congresso do CDS, Feio demonstrou o seu total empenho nos desafios que o partido tem pela frente não só no plano das legislativas, mas também das eleições europeias, que vão decorrer em Maio de 2019. A este propósito, aproveitou para dar uma nota pessoal: “Serei dos mais europeístas do nosso partido, acredito muito na integração europeia, mas (…) esse é um capítulo que fechei”.

As críticas ao Governo de António Costa ficaram para o fim, onde não faltaram farpas ao Bloco de Esquerda e ao PCP. Virando-se para os congressistas, disse: “Devemos apresentar uma alternativa com perspectiva de futuro”. “A geringonça vamos destruí-la no combate e no voto”, disse. “Essa é a nossa aposta!”

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