Sànchez recorre ao Tribunal de Direitos Humanos para ser investido na Catalunha

Sessão de investidura adiada até haver decisão em Estrasburgo.

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Roger Torrent, o presidente do parlamento catalão Alejandro Garcia/EPA

O presidente do parlamento catalão, Roger Torrent, adiou a sessão de investidura que estava marcada para segunda-feira para dar posse ao novo presidente do governo autonómico. Não será marcada nova data antes de se saber o resultado do recurso que vai ser apresentado ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos, em Estrasburgo, depois de a Justiça espanhola ter recusado libertar o candidato ao lugar, Jordi Sànchez

Sànchez, que está preso preventivamente desde Outubro pelo seu papel no processo soberanista que culminou numa declaração de independência (que foi imediatamente suspensa pelos próprios soberanistas), pediu esta semana ao Supremo Tribunal espanhol para ser libertado ou para lhe ser permitido ir à sessão da investidura.

Porém, o juiz Pablo Llarena rejeitou o pedido. O advogado de Sànchez disse que na segunda-feira vai enviar o recurso ao Tribunal europeu.

Jordi Sànchez foi o número dois do Juntos Pela Catalunha, que ficou em segundo lugar nas eleições regionais de Dezembro (em que os partidos soberanistas conseguiram a maioria dos deputados). O cabeça-de-lista, Carles Puigdemont, anterior presidente, foi o primeiro nome proposto para o cargo, mas não obteve autorização para ser investido à distância - e se entrar em Espanha será preso.

Torrent propôs então o nome de Jordi Sànchez. O juiz considerou, no entanto, que não pode libertá-lo por haver risco de reincidir nos mesmos crimes de sedição e rebelião.

São quatro os dirigentes soberanistas detidos provisoriamente e sem fiança: Oriol Junqueras (ERC), Joaquim Forn (Juntos pela Catalunha), Jordi Cuixart (da associação cultural Òmniun Cultural) e Jordi Sànchez.

Autoexilados estão outros seis antigos dirigentes, um em Genebra (Anna Gabriel) e os restantes em Bruxelas, entre eles Puigdemont. Os cinco de Bruxelas já tiveram mandato de detenção europeia (entretanto retirada) e todos têm ordem de captura em Espanha. Outros 18 intervenientes no processo soberanista (no referendo à independência e na procalamação) esperam julgamento em liberdade.

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