Torneio das Seis Nações volta a ser da Irlanda

Beneficiando da derrota da Inglaterra, os irlandeses garantiram, a uma jornada do fim, a conquista da 124.ª edição da competição de râguebi

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Reuters/CLODAGH KILCOYNE

Quando tudo fazia prever que dentro de uma semana iria haver em Londres uma “final” entre a Inglaterra e a Irlanda, a 124.ª edição do centenário torneio de râguebi ficou decidida a uma jornada do seu final. Neste sábado, os irlandeses voltaram a mostrar competência e derrotaram em Dublin a Escócia, por 28-8. Com o triunfo bonificado, a equipa comandada pelo neozelandês Joe Schmidt apenas precisava que a Inglaterra não vencesse no Stade de France com ponto de bónus, mas os britânicos fizeram pior do que isso: com pouca atitude e nenhuma audácia, os ingleses foram derrotados pela França (22-16), dando inicio à festa irlandesa.

Três anos depois, a Irlanda voltou a conquistar o Torneio das Seis Nações, mas o 14.º título irlandês – o 4.º no actual formato com seis países -, chegou com uma semana de antecedência. Exibindo a fiabilidade habitual, a selecção de Joe Schmidt abriu a penúltima ronda da prova com uma vitória clara no Aviva Stadium frente à Escócia. Os escoceses foram os primeiros a pontuar (penalidade de Laidlaw), mas ao intervalo os irlandeses já venciam por 14-3, com dois ensaios de Jacob Stockdale.

Com o objectivo de chegarem aos quatro ensaios, que garantiria um ponto de bónus ofensivo e aumentaria a pressão sobre a Inglaterra, a Irlanda manteve um ritmo elevado no segundo tempo e atingiu a sua meta: Murray e Cronin fizeram os ensaios que colocaram o marcador final em 28-8, garantindo cinco pontos aos irlandeses.

Poucos minutos depois de terminar a partida no Aviva Stadium, a Inglaterra entrou no relvado do Stade de France a saber que apenas adiaria a decisão sobre o vencedor do troféu para a última jornada se derrotasse a França com, pelo menos, quatro ensaios marcados. No entanto, estranhamente, a mensagem não parece ter chegado aos jogadores ingleses.

Apesar de dominar na primeira parte, a Inglaterra procurou somar pontos através de penalidades, abdicando de procurar os indispensáveis ensaios. A estratégia da equipa do australiano Eddie Jones resultou num empate (9-9) ao intervalo.

Com o relógio a trabalhar contra sí, a Inglaterra começou a acusar a pressão e a França aproveitou. De forma justa, os gauleses foram somando pontos, justificando no final a vitória, por 22-16.

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