Oficiais superiores da Força Aérea Portuguesa abandonaram Protecção Civil

Dos três nomeados para envolver oficiais da FA no combate aos fogos, apenas se mantém uma tenente-coronel.

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Deputados querem oficiais da FA envolvidos na gestão do combate aos fogos Daniel Rocha

Apenas um dos três oficiais da Força Aérea Portuguesa colocados em Junho na Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) continua na Direcção de Serviços de Meios Aéreos, avança a TSF na manhã desta sexta-feira. A chegada dos três oficiais superiores resultou de uma resolução do Parlamento, cujo objectivo era aprofundar a colaboração entre a Força Aérea e a ANPC para melhorar a eficácia do combate aos incêndios.

A primeira demissão foi a do director dos Serviços dos Meios Aéreos no início de Dezembro de 2017. O coronel Cipriano Figueiredo tinha chegado à ANPC em Junho e formalmente nomeado em Outubro. A segunda foi pouco depois, no dia 18 de Dezembro. O tenente-coronel Abílio Martins confirmou à TSF que apenas saiu porque reuniu todas as condições para passar à reserva, algo que já tentava há dois anos, pois tratava-se de uma vontade antiga. 

Várias fontes contactadas confirmaram à rádio que “as saídas aconteceram pouco antes de se saber que os helicópteros pesados do Estado estão parados” e que falhou o concurso para alugar os meios aéreos que vão combater os incêndios deste ano.

As razões para a demissão do coronel Cipriano Figueiredo não são claras. Na última semana, a TSF questionou a ANPC sobre esta demissão mas ainda não obteve resposta. Uma fonte dos serviços de meios aéreos garante que a demissão foi de um dia para o outro e sem qualquer explicação pública. A TSF também tentou contactar Cipriano Figueiredo, mas sem sucesso.

Os deputados querem que os militares que percebem de aviões e helicópteros estejam perto do planeamento do combate aos fogos, na gestão de contratos e na manutenção dos meios aéreos próprios do Estado em missões de protecção e socorro.

Neste momento, conclui a TSF, a Direcção de Serviços de Meios Aéreos da ANPC conta com três sargentos vindos do Exército e apenas um dos três oficiais vindos da Força Aérea, ali colocados em Junho: a tenente-coronel Joana Almeida, que representou os serviços de meios aéreos no júri que avaliou as candidaturas das empresas que se apresentaram no concurso para alugar meios aéreos.

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