Pelo menos sete pessoas morreram e outras 15 ficaram feridas esta sexta-feira, vítimas de um ataque suicida em Cabul, no Afeganistão. Entre os mortos estão seis civis e um polícia.

De acordo com um porta-voz do Ministério do Interior afegão, citado pela Reuters, o autor do atentado fez-se explodir junto a um posto de controlo na zona de Mosalla-e-Mazar, perto do local onde se agrupavam várias pessoas pertencentes à minoria xiita Hazara.

As autoridades acreditam que a intenção do atacante era detonar os explosivos que trazia consigo no meio da multidão que ali se reuniu para homenagear Abdul Ali Mazari – um líder político xiita, morto pelos taliban em 1995. Ainda que frustrado o plano inicial, é crível que o número de mortos e feridos possa vir a aumentar nas próximas horas.

Até ao momento não houve qualquer reivindicação do ataque. Mas as suspeitas recaem sobre os taliban e os jihadistas afiliados ao Daesh – com os segundos a definirem comunidades xiitas como alvo, cada vez com maior frequência. 

Ambos têm levado a cabo diversos ataques no Afeganistão nos últimos meses, pelo que as autoridades presumem que explosão seja da autoria de um outro grupo. Em Janeiro morreram mais de 100 pessoas e outras 230 ficaram feridas, num atentado protagonizado pelos taliban, em Cabul e no mês anterior dezenas de civis perderam a vida num ataque suicida num centro cultural xiita da capital afegã.

Segundo a Reuters, a violência perpetrada por grupos terroristas no Afeganistão tem tirado a vida a perto de dez mil civis por ano.