Novo medicamento disponível para hospitais e mais barato

Até agora estavam disponíveis no mercado sete medicamentos "de última geração" para tratamento da hepatite C.

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De acordo com o relatório de avaliação prévia do Infarmed, está indicado para o tratamento da infecção pelos vírus da hepatite C crónica em adultos Daniel Rocha

Um novo medicamento para tratamento de todos os genótipos da hepatite C está disponível para os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e, segundo a avaliação do Infarmed, é tão eficaz quanto os outros e mais barato. De acordo com o relatório de avaliação prévia do Infarmed, o novo medicamento (Glecaprevir + Pibrentasvir), do laboratório AbbVie, está indicado para o tratamento da infecção pelo vírus da hepatite C crónica em adultos.

"Na avaliação económica, depois de negociadas as condições para utilização pelos hospitais e entidades do SNS, tendo em atenção as características específicas do medicamento e da doença em causa, assim como os resultados do impacto orçamental, o medicamento (...) apresenta custos inferiores ao do comparador seleccionado e, portanto, vantagem económica vs essa alternativa", refere o relatório de avaliação do Infarmed.

De acordo com o laboratório, trata-se de um medicamento que permite uma cura mais rápida, de apenas oito semanas e para todos os doentes (todos os genótipos), evitando assim para o doente exames de diagnósticos complementares. Até agora estavam disponíveis no mercado sete medicamentos "de última geração" para tratamento da hepatite C.

Dados do Infarmed divulgados em Fevereiro indicam que mais de 15.000 doentes com hepatite C iniciaram tratamento nos últimos três anos e que a taxa de cura se situa nos 97%. Desde que foi assinado o acordo para a utilização dos primeiros medicamentos antivíricos de acção directa aprovados em Portugal, foram concluídos mais de 12.000 tratamentos e 8870 doentes ficaram curados.Os dados inscritos no Portal da Hepatite C, gerido pelo Infarmed, revelam que até 14 de Fevereiro foram autorizados 18.929 tratamentos no país, a maioria em homens (73%).

A média etária é de 50 anos para os homens e de 55 para as mulheres. A Organização Mundial de Saúde tem defendido como meta para 2030 uma redução de 90% nas novas infecções crónicas e de 65% na mortalidade por estas doenças.

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