EUA confirmam que meio-irmão de Kim Jong Un foi morto com o agente VX

Investigação norte-americana confirma o veneno usado. Kim Jong-nam estava com 12 comprimidos de atropina na sua mochila quando foi atacado, mas morreu minutos depois.

Foto
LUSA/JEON HEON-KYUN

Os EUA determinaram que o meio-irmão do dirigente norte-coreano Kim Jong Un foi assassinado pelo regime com o agente VX, uma substância neurotóxica, indicou na terça-feira a porta-voz do Departamento de Estado, em comunicado. Esta conclusão desencadeou a aplicação pelos EUA de novas sanções económicas contra a Coreia do Norte, quando a Coreia do Sul indicou que os dirigentes de Pyongyang estavam dispostos a discutir a desnuclearização com os norte-americanos.

O meio-irmão do líder da Coreia do Norte Kim Jong-un carregava um medicamento que poderia ser utilizado como antídoto ao VX, o agente neurotóxico com o qual foi assassinado na Malásia, afirmou uma especialista durante o julgamento das duas mulheres acusadas pelo crime.

Kim Jong-nam estava com 12 comprimidos de atropina na sua mochila quando foi atacado, no dia 13 de Fevereiro de 2017, no aeroporto internacional de Kuala Lumpur, mas morreu poucos minutos depois da agressão com o VX, uma versão altamente letal do gás sarin e considerada uma arma de destruição em massa.

PÚBLICO -
Aumentar

A indonésia Siti Aisyah e a vietnamita Thi Huong foram julgadas pelo assassinato na Alta Corte de Shah Alam, distrito próximo ao aeroporto da capital malaia. As jovens foram detidas pouco depois do crime e declararam-se inocentes no início do julgamento, a 2 de Outubro, alegando que foram enganadas e que acreditavam estar participar em um programa de televisão de “apanhados”.

Imagens das câmaras de segurança do aeroporto mostraram as duas mulheres a aproximarem-se de Kim por detrás e o momento em colocaram um líquido no rosto da vítima. Se forem declaradas culpadas, podem ser condenadas à pena de morte.

Desde o início do caso, a Coreia do Sul acusa a Coreia do Norte de ter planeado o assassinato, o que Pyongyang nega. Kim Jong-Nam era um crítico do regime norte-coreano e vivia no exílio.

Sugerir correcção
Comentar