Activistas correm 400 quilómetros para salvar áreas naturais que Trump desprotegeu

O percurso, feito num fim-de-semana, tem a extensão das áreas à volta de dois monumentos naturais no Utah que vão perder o estatuto de zonas ambientalmente protegidas. Protesto resultou num vídeo que mostra, ao longo de nove minutos, a riqueza visual e cultural destes locais.

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Bears Ears é considerado um monumento nacional nos Estados Unidos LUSA/JIM LO SCALZO

Donald Trump assinou, em Dezembro, dois documentos nos quais retirou a protecção ambiental a grande parte da área circundante de dois monumentos naturais no estado de Utah: Bears Ears e Grand Staircase.

Assim que esta medida foi comunicada, os realizadores Jonhie Gall, Andy Cochrane e Greg Balkin tiveram a ideia de formar um grupo de amantes da corrida para percorrer a área que se encontra sob o risco de perder a protecção ambiental, para assim protestarem contra a decisão. Desta forma, nasceu um grupo ecléctico, que vai de atletas profissionais a amadores, de realizadores de cinema a membros da comunidade Navajo. 

O percurso de 400 quilómetros, que demorou 30 horas a ser percorrido pelo grupo, representa exactamente a área abrangida pelo novo decreto. O resultado final ficou registado num filme de nove minutos como forma de sensibilizar a sociedade norte-americana para a causa.

“A ideia era fazer aquilo que mais gostamos — correr — com o objectivo de celebrarmos a beleza e a importância cultural que a zona congrega”, explica um dos principais entusiastas deste protesto, o director de fotografia Greg Balkin.

Sendo esta zona um local de extrema importância cultural para a comunidade Navajo, não poderiam deixar de estar representados: “Temos um amigo Navajo em comum chamado Len Necefer, que é um amante desta prática. Quando a ideia surgiu, falámos com ele para conseguirmos que alguns membros da comunidade Navajo aderissem ao projecto. Ele conseguiu arranjar alguns voluntários. Foi óptimo, aprendemos imenso sobre o espaço com eles e esperamos manter a ligação para podermos continuar a aprender mais no futuro”, finalizou Greg Balkin.

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