Barack Obama e Donald Trump: sinais contraditórios nos EUA

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Obama, de saída, cumprimenta Trump na cerimónia de posse como presidente dos EUA CARLOS BARRIA/REUTERS

Separadas por oito anos, as eleições de Barack Obama (4/11/2008) e de Donald Trump (8/11/2016) foram duas marcas de uma vontade de mudança nos Estados Unidos – uma vontade de mudança de passados distintos para futuros ainda mais distintos. Se na noite da vitória de Barack Obama foi a América urbana e ilusoriamente pós-racial que se emocionou, a eleição de Donald Trump deixou exaltados os auto-intitulados esquecidos do sistema – leia-se, os que ficaram agarrados à ideia de uma outra América, pré-Obama.

Muitos outros celebraram essas vitórias, mas é impossível escapar ao simbolismo de figuras como Obama e Trump quando se tenta perceber o que está a acontecer no país que deu ao mundo dois sinais tão contraditórios em menos de uma década. E também quando se tenta perceber o que nos quer transmitir essa mesma contradição: a normalização do populismo, da direita à esquerda, como única forma de ganhar as eleições; ou apenas mais um momento histórico de descompressão, passageiro, como tantos outros na História?

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