Líder da Iberomoldes preside à associação europeia para as “fábricas do futuro”

A entidade - EFFRA - dinamiza um programa de 1150 milhões para ajustar a indústria europeia à era digital

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asm adriano miranda

Joaquim Menezes, fundador e líder do grupo português Iberomoldes foi eleito na semana passada presidente da EFFRA, Associação Europeia de Investigação para as Fábricas do Futuro. É a primeira vez que um industrial português assume a liderança desta parceria público privada que reúne mais de 150 grandes empresas europeias e a Comissão Europeia. A EFFRA, uma associação privada sem fins lucrativos, dinamiza o financiamento à investigação das “fábricas do futuro”, que dispõe de um fundo de 1150 milhões de euros inscrito no Programa Horizonte 2020.

Criada em 2009, a associação tem como principal missão a adaptação da indústria europeia à era digital (a indústria 4.0). É por isso a superfície de contacto das empresas e dos centros de investigação com as direcções-gerais da Comissão Europeia responsáveis pelas políticas direccionadas para a indústria digital e a conectividade e com a unidade responsável pelos sistemas avançados de manufactura. A presença portuguesa está a cargo da CEI – Companhia de Equipamentos Industriais, do INESC-TEC, do INEGI, da Iberomoldes e, entre outros, da Sonae Indústria. Entre os 150 membros provenientes de toda a Europa, encontram-se gigantes como a Bosch, a Siemens, a Airbus, a Rolls Royce ou a Volvo.

A escolha de Joaquim Menezes é justificada pelo “mais recente trabalho que Portugal tem vindo a desenvolver a nível europeu na área do ‘manufacturing’ e das tecnologias de produção”. Antes da criação da EFFRA, a contribuição nacional para a Plataforma Tecnológica Manufuture tinha já sido exercida desde 2003. Em 2004 o “conselho industrial” da plataforma foi presidido por Belmiro de Azevedo, cabendo ao actual presidente do Banco de Portugal, Carlos Costa, a vice-presidência de um grupo de "alto nível" da Manufuture. O protagonismo nacional no processo de decisão sobre a indústria do futuro mede-se ainda pela participação das empresas e dos centros tecnológicos portugueses nas candidaturas aos fundos para as “fábricas do futuro”. Portugal captou 2,2% dos montantes disponibilizados para este projecto, bem acima da contribuição nacional para a sua dotação financeira (1,5%).

Joaquim Menezes é engenheiro Técnico de Electrotecnia e Máquinas (1971), frequentou o Programa de Alta Direcção de Empresas da AESE em Lisboa e obteve a graduação graduado pela Harvard Business School e frequentou o “Innovation Management Program” no EU-Japan Business Center” em Tóquio/Japão em 1996.  É fundador e actual presidente do Grupo Iberomoldes, que emprega 1500 pessoas em cinco países, e é também accionista fundador da Iber-Oleff Portugal e Brasil.

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