CP recua e já não abate locomotivas históricas

A empresa suspendeu a venda de locomotivas históricas para abate, depois do efeito que a notícia do PÚBLICO provocou na comunidade ferroviária. Museu ou venda para preservação podem, agora, ser o destino das máquinas.

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Em comunicado enviado esta sexta-feira às redacções, a CP explicou que perante as “manifestações registadas, nos últimos dias na opinião pública, no sentido de ser realizado um esforço de preservação de algum material ferroviário desactivado que integra um lote actualmente em processo de venda para abate, decidiu suspender o mesmo”.

Esta decisão surge na sequência da notícia do PÚBLICO sobre o facto de a empresa ter posto à venda para demolição locomotivas a vapor do início do século XX e carruagens dos anos 30, gerando uma onda de contestação entre os especialistas e aficionados. Uma decisão que teve por base o custo que as carruagens implicam nomeadamente no que diz respeito ao estacionamento.

Neste contexto, a CP acrescenta no comunicado desta sexta-feira que “será possibilitada nova avaliação por parte da Fundação do Museu Nacional Ferroviário sobre o seu interesse nas unidades para abate”.

Adicionalmente, explica que “tal como no passado, a CP encontra-se disponível para proceder à venda de unidades com interesse museológico a entidades credíveis, capazes de evitar a sua degradação e assegurar a sua preservação”.

Sobre esta questão, a empresa ferroviária não deixa de fazer um reparo: “Esta é, desde sempre, a opção prioritária da CP, sendo que nem sempre é possível encontrar empresas ou instituições interessadas na aquisição deste tipo de material”.

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