Ser “voluntariamente provocadora”. Tal como as “redes sociais gostam”. Eis a Hater Box, um trabalho do artista francês parse/error que desafia o “politicamente correcto”, a “censura”, o culto da auto-adoração e o ódio e a indignação nos comentários online.
A caixa tem inscrita a palavra “Fuck”, que emparelha com uma das 45 palavras que surgem, aleatoriamente, através de um dispositivo mecânico. Quem enfrenta a caixa pode ter como resposta "Fuck Facebook", trabalho, privacidade, géneros, selfies, fronteiras, entre outras expressões escolhidas pela “força e capacidade de fazer com que as pessoas reajam”.
As declarações estão sempre ligadas às redes sociais, que, ao contrário da televisão, exemplifica o artista na memória descritiva da obra, têm “a capacidade de passar de um assunto sério para a mais absurda das notícias, sem qualquer transição”. Por isso também é que a Hater Box mistura vários conceitos, “do mais sério ao mais leve”, de modo a provocar várias emoções, explica o artista baseado em Marselha que explora a relação entre a arte, o design e os novos média.
As palavras mudam rapidamente para que haja pouco tempo de reflexão sobre o seu verdadeiro significado, ou para formar uma opinião própria, fundamentada. Soa familiar?