Eleições presidenciais adiadas para Maio

Presidenciais tinham sido inicialmente marcadas para 22 de Abril.

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LUSA/Edwinge Montilva

As eleições venezuelanas, incialmente marcadas para  22 de Abril, foram nesta quinta-feira adiadas para a segunda metade de Maio depois de um acordo entre o Governo de Caracas e alguns partidos da oposição, anunciou a comissão eleitoral.

A candidatura de Henri Falcon, à revelia da posição do resto da oposição, que queria boicotar as eleições, motivou este acordo — os partidos, que tinham até ao fim desta semana para apresentarem os seus candidatos (não o iam fazer), têm agora mais tempo para inscreverem candidatos.

O Presidente Nicolás Maduro é candidato à reeleição, tendo antecipado as presidenciais que deveriam ter lugar no final do ano. A oposição denunciou a estratégia do Presidente venezuelano como uma jogada para impedir outros adversários de irem a votos e, por essa via, apresentar-se sozinho.

Muitas figuras da oposição estão detidas desde as manifestações anti-regime que marcaram o ano de 2017. Outros opositores fugiram da Venezuela, encontrando-se no exílio.

Em protesto contra esta situação, os partidos que compõem a Mesa da Unidade Democrática (MUD) tinham anunciado um boicote às eleições. Contudo, na quarta-feira, Henri Falcón, anunciou uma candidatura contra Maduro.

O acordo entre Governo e oposição abre a possibilidade de Maduro ter alguma competição, apesar de a Mesa estar interditada de apresentar um candidato único, o que levará à dispersão dos votos por mais do que um candidato.

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